As famílias dos jogadores que se encontram a representar o Irão no Mundial do Qatar terão sido ameaçadas com prisão e tortura, esta segunda-feira, caso a seleção iraniana não entoe o hino antes da partida com os Estados Unidos da América, agendada para esta terça-feira.
A informação foi divulgada pela CNN com base numa fonte que acompanha atentamente a ação das forças de segurança iranianas (IRGC) presentes no Qatar, com o intuito de acompanhar a seleção sob o leme de Carlos Queiroz.
Além disso, os jogadores da seleção do Irão - entre os quais está Mehdi Taremi (FC Porto) - encontram-se proibidos de conviverem fora do grupo de trabalho ou até de se encontrarem com indivíduos estrangeiros, de forma a não ser encarado como um ato contra o regime de Teerã.
Recorde-se que, no primeiro jogo do Mundial, diante da Inglaterra (6-2), os jogadores não entoaram o hino nacional, algo que já não aconteceu no jogo frente ao País de Gales (0-2), alegadamente por receio de represálias.
Os adeptos do Irão têm protestado contra o governo iraniano com recurso a faixas e mensagens políticas, sendo que, esta segunda-feira, no Portugal-Uruguai, um adepto invadiu o campo com uma bandeira arco-íris, em que uma das mensagens era o pedido de respeito para com as mulheres iranianas.
O Irão defronta, esta terça-feira, os Estados Unidos da América, com o objetivo de marcar presença nos 'oitavos' do Mundial do Qatar.
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