Mais um jogo, mais uma vitória do Benfica, que parece cada vez mais destinado a levantar o troféu de campeão nacional, no final da presente temporada. A mais recente 'vítima' foi o Marítimo, que os encarnados visitaram e derrotaram, por categóricos 3-0.
Os insulares entraram bem, com 'alta voltagem', fazendo passar a sensação de que poderia mesmo levar, deste jogo, qualquer coisa que o ajudasse na luta pela manutenção no principal escalão do futebol português, mas a verdade é que este foi 'sol de pouca dura'.
Isto porque, passados apenas cinco minutos, os encarnados instalaram-se no meio-campo adversário e de lá quase não mais saíram. De tal maneira que podiam mesmo ter terminado a primeira parte a golear, não fosse o desacerto de... João Mário.
O 'homem golo' das águias registou uma ineficácia fora do normal, desperdiçando uma primeira oportunidade, aos seis minutos, uma segunda, aos 17, e até uma terceira, aos 29, quando atirou, para a bancada, uma grande penalidade cometida por René Santos sobre Fredrick Aursnes.
A bola parecia não querer, de todo, entrar na baliza à guarda de Marcelo Carné, até que, num dos últimos lances da primeira parte, João Mário optou por 'bailar' ao invés de rematar e deixou a bola nos pés de David Neres, que, de primeira, atirou, finalmente, para o fundo das redes.
Os homens de Roger Schmidt puderam, de uma vez por todas, suspirar de alívio, o que se refletiu numa segunda parte bem mais tranquila. Aos 50 minutos, João Mário conseguiu 'matar o borrego' e marcar, e, aos 57, foi a vez de David Neres bisar e selar o resultado final.
Com este triunfo, o Benfica reforça a liderança isolada da I Liga, passando a somar 65 pontos, mais oito do que o segundo classificado, o FC Porto, que, na passada sexta-feira, bateu o Estoril, por 3-2. Já o Marítimo, ocupa o 16.º e antepenúltimo lugar, com 16 pontos.
Figura
Eleito por Roger Schmidt para fazer as vezes de Rafa Silva, que se lesionou e não seguiu viagem rumo ao Funchal, David Neres desempenhou na perfeição o papel de 'sombra' de Gonçalo Ramos, assinando dois golos que se revelaram fundamentais para o triunfo dos encarnados.
Surpresa
Mais uma boa entrada em campo do 'pequeno' João Neves, que foi lançado em campo aos 81 minutos, para o lugar do 'herói' David Neres. O médio de apenas 18 anos dispôs, de imediato, de uma ocasião clara para fazer o pé, a qual lhe foi retirada, por Marcelo Carné, à qual se seguiram uma série de bons pormenores.
Desilusão
Uma tarde para esquecer de Moisés Mosquera, que somou erros individuais atrás de erros individuais, tendo o mais evidente sido registado aos 50 minutos, quando ficou a 'ver navios' enquanto o cruzamento de Alejandro Grimaldo passava por toda a gente e ia parar aos pés de João Mário, que atirou para o 2-0.
Treinadores
José Gomes: O Marítimo entrou muito bem em campo, impondo uma pressão alta e trabalhando bem nas alas, ora através das técnica de Cláudio Winck, na direita, ora procurando a velocidade de Léo Costa, na esquerda. No entanto, as 'pilhas' duraram apenas dez minutos, visto que, daí em diante, foi totalmente dominado pelo Benfica.
Roger Schmidt: Após uma entrada em falso, o Benfica soube reposicionar-se e partir para cima do Marítimo, com uma exibição contundente. Apesar da ineficácia de João Mário, a equipa, guiada por um Fredrick Aursnes 'omnipresente' nunca deixou de acreditar que era possível vencer, o que veio mesmo a acontecer, sem qualquer tipo de contestação.
Árbitro
Fábio Veríssimo mostrou-se sempre muito interventivo (por vezes, até demasiado), naquela que se revelou uma tarde tranquila. A única 'mancha' teve lugar aos 31 minutos, quando apitou instantes antes de Cláudo Winck rematar para o golo, para assinalar fora de jogo. A repetição deu-lhe razão, mas a verdade é que não cumpriu o protocolo, uma vez que, se o brasileiro estivesse em posição legal, o VAR não teria hipótese de atuar.
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