"É uma oportunidade para os jovens de África mostrarem as suas capacidades junto dos jovens do continente europeu", sublinhou o dirigente marroquino, citado pela agência de notícias espanhola EFE, no final de uma reunião da FRMF.
Fouzi Lekjaa acrescentou que, "além da dimensão desportiva e futebolística", a candidatura tripartida possibilita potenciar "as capacidades dos jovens dos dois lados do Mediterrâneo para conseguir o desenvolvimento desta zona".
O líder da federação marroquina garantiu o apoio à inclusão de Marrocos à candidatura ibérica, depois de oficializada na semana passada pelo rei Mohamed VI, e também considerou que se trata de uma iniciativa histórica, em linha com o que já tinham dito a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a congénere espanhola.
"É uma candidatura histórica, já que, pela primeira vez, seria realizado um Mundial em dois continentes. A união dos três países vizinhos contribuirá para reforçar os laços entre a Europa e África, bem como todo o Mediterrâneo, e inspirará milhares de jovens de ambos os continentes num projeto comum que tem como eixo fundamental o impacto que o futebol pode ter no desenvolvimento desportivo e social", vincou a FPF, em comunicado divulgado em 15 de março.
O organismo luso explicou que o acordo entre os três países tem como objetivo "formalizar a candidatura mais forte possível a nível social, desportivo, cultural e de infraestruturas" e adiantou que a decisão já foi comunicada às restantes federações europeias durante a reunião da UEFA, que decorreu à margem do congresso da FIFA, em Kigali, no Ruanda.
"A candidatura foi recebida de forma muito positiva", garantiu a FPF, adiantando que a entrada da Marrocos "não diminui o número de sedes que corresponderão a Espanha e Portugal".
Em outubro no ano passado, foi anunciado pelos organismos federativos português e espanhol (RFEF) que a Ucrânia iria incorporar a candidatura ibérica, algo que a FPF prometeu clarificar "em tempo oportuno".
Em causa, está a situação que o país atravessa, como a invasão da Rússia, bem como o papel do presidente da Federação Ucraniana de Futebol, Andriy Pavelko, que está atualmente suspenso das suas funções.
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