"Provavelmente o COI entenderá que, enquanto houver guerra na Ucrânia, o regresso dos atletas russos e bielorrussos não é oportuno", disse o ministro Vadym Gutzait em entrevista à agência noticiosa francesa AFP.
Os atletas russos e bielorrussos foram banidos de competições desportivas internacionais após a ofensiva lançada por Moscovo contra a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Mas, já em 2022, o COI abriu caminho para o seu regresso como atletas individuais, sob uma bandeira neutra, e apenas se os desportistas em questão não tiverem apoiado "ativamente" a invasão ou não tiverem servido nas forças armadas russas.
O COI ainda não anunciou a sua decisão final sobre esta participação condicionada dos atletas russos nos Jogos do próximo ano. Esta situação levou as autoridades ucranianas a acusarem o organismo internacional de promover a guerra.
O organismo presidido por Thomas Bach emitiu um parecer em 28 de março no qual se inclinava a readmitir atletas russos e bielorrussos no processo de qualificação olímpica, mas sempre com restrições como a neutralidade, a ausência de símbolos nacionais ou o repúdio expresso à invasão russa da Ucrânia.
Após o anúncio do COI, o governo ucraniano disse que as federações nacionais que permitam que os seus atletas participem em provas junto de atletas russos podem perder o seu estatuto oficial de federações nacionais representativas do país liderado por Volodimir Zelensky.