A imprensa espanhola divulgou na tarde deste sábado algumas transcrições do depoimento dado por Dani Alves ao tribunal de Barcelona, ele que se deslocou a este órgão judicial, no passado dia 17 de abril, para prestar declarações acerca do caso de alegada violação em que está acusado.
Segundo as informações reveladas pela estação de rádio espanhola Cadena SER, o internacional brasileiro admitiu que teve relações sexuais com a jovem que apresentou queixa, mas garante que as mesmas foram consensuais.
"Perguntei-lhe duas vezes se estava a gostar e ela disse que sim", terá dito o jogador brasileiro, que está detido preventivamente desde o passado dia 20 de janeiro numa cadeia de Barcelona.
A mesma fonte adianta ainda que Dani Alves e um amigo deram entrada na discoteca Sutton, em Barcelona, às 2h45, e dirigiram-se para a zona VIP. A uma determinada altura, um empregado apresentou um grupo de três raparigas à dupla, entre elas a alegada vítima de 23 anos
"Era um jantar de reencontro com amigos depois do Mundial'2022. Colocaram-nos na mesa 6 da discoteca pelo simples facto de esta ter uma casa de banho. Deixaram-nos imediatamente desconfortáveis porque queriam tirar os telemóveis para tirar fotografias e nós não queríamos. Estas raparigas vieram à nossa mesa reservada, mas nós não insistimos com elas nem o empregado", garantiu Dani Alves, sublinhando, porém, que se sentiu sexualmente atraído pela jovem: "Notei a sua boa disposição devido à forma como dançava, como se aproximava de mim, como mudávamos de posições."
A noite prosseguiu e no depoimento Dani Alves revelou que pediu à mulher para que o acompanhasse à casa de banho, por medo de ficar "exposto" ao público que estava presente na discoteca.
"Eu disse-lhe para transferir isso tudo para a casa de banho. Ela disse-me que sim, que não havia problema. Eu disse-lhe que iria primeiro e que ficava à espera dela lá dentro", destacou ainda a Cadena SER.
No mesmo depoimento, Dani Alves contrariou a versão da denunciante, que o acusa de a ter forçado a realizar sexo oral e vaginal, sublinhando que o envolvimento entre ambos foi consensual.
"Se a tivesse visto à saída, teria-a parado para perguntar-lhe o que se tinha passado, porque até aí estava tudo bem, dentro do que queríamos. Eu fui simplesmente um cúmplice da vontade que ela ou eu tivemos", finalizou.
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