Análise: "Fomos muito competentes no jogo que fizemos, com apenas uma diferença. Na primeira parte, com muito mais disponibilidade física para sair em transições. Foi pena a limitação com que ficámos, com uma substituição a menos, porque sabíamos que ia ser um jogo de muito desgaste. A substituição forçada, na primeira parte, retirou-nos uma substituição que sabíamos que, ao longo do jogo, poderia ser necessária, porque o ritmo iria ser altíssimo. Demos uma mostra de organização"
Estratégia: "Jogámos o jogo pelo jogo, não nos quisemos remeter à defesa. Na primeira parte, tivemos bastante oportunidades para fazer mais do que um golo. Como é óbvio, o ritmo foi aumentando. Alguns jogadores também com quebra física, é normal... Estou muito orgulhoso do que fizemos. Parabéns aos meus jogadores, não há nada a dizer. Principalmente, na bola parada, o FC Porto é muito forte, com muita gente com estatura muito elevada, mas demos mostra do que foi a nossa época. Por vezes, os resultados sorriram mais, e, por vezes, menos, mas temos de tirar o chapéu a esta equipa, porque fez uma grande época. Tenho um orgulho enorme em dizer que sou treinador do Casa Pia".
Jogo muito exigente: "Acabámos com vários jogadores em sobrecarga, mas isso também é derivado da qualidade do FC Porto. Sabíamos que era um jogo muito intenso e que o FC Porto tinha de ir atrás do resultado. Como é óbvio, como não abdicámos de jogar, tivemos muitos jogadores desgastados. Era uma coisa natural, e que foi agravada pelo facto de termos menos uma substituição, que fez falta, mas não foi por aí que perdemos o jogo".
Golo decisivo surgiu nos descontos: "O futebol é jogado até ao último segundo. Na semana passada, estávamos a ganhar ao Portimonense, e acabámos por empatar aos 90+6 minutos. O futebol é bonito por isto mesmo, e, hoje, o FC Porto teve o mérito de dar tudo, como é seu apanágio. Também demos tudo, dentro dos nossos limites. Sabíamos que o FC Porto tinha de dar a vida, porque não queria perder o campeonato. Isso valoriza ainda mais o que fizemos hoje, contra uma grande equipa."
Tensão após o apito final: "É o futebol. Têm de perceber que, quando as pessoas estão dentro do campo de futebol, os batimentos cardíacos e a tensão é exacerbada. É normal que, muitas vezes, se cometam excessos. São coisas do futebol, e, depois há coisas que cada um consegue ou não gerir ou não da melhor forma. Mas não quero comentar isso, são coisas que, infelizmente, acontecem. Quero focar-me no jogo, que é o que é importante. Não vamos dar demasiada relevância a isso."
Abraço a Sérgio Conceição: "Não vamos criar caso nenhum. Foi uma situação que aconteceu, e as pessoas reconheceram, provavelmente, no fim que não estiveram tão bem. O futebol é mesmo isto. Tento manter sempre a minha estabilidade emocional. Não consigo falar pelos outros. As emoções estão à flor da pele. Sei bem o que Sérgio Conceição me disse, fica entre mim e ele. Compreendo as reações do nosso banco e do dele. Ambos tiveram culpa. Toda a gente se excedeu e temos de pedir desculpa, como exemplos que temos de ser para a sociedade."
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