Depois de ter festejado o cetro na primeira temporada (2017/18), na terceira (2019/20) e na quinta (2021/22), o ex-avançado internacional português repetiu os segundos lugares de 2018/19, quando os 'dragões' também ficaram a dois pontos das 'águias', e 2020/21.
O FC Porto somou 85 pontos, contra 87 do Benfica, e selou a 27.ª participação, e quarta seguida, na fase de grupos da Liga dos Campeões, numa campanha compensada pelos triunfos na Supertaça Cândido de Oliveira e, de forma inédita, na Taça da Liga, podendo revalidar a Taça de Portugal na final frente ao Sporting de Braga, no domingo, no Jamor.
Os 'azuis e brancos' iniciaram o campeonato com três vitórias até à receção ao Sporting (3-0), mas sofreram uma inesperada derrota em Vila do Conde com o Rio Ave (1-3), que serviria para isolar em definitivo os 'encarnados' na liderança ao fim de quatro jornadas.
Essa instabilidade fora de casa agudizou-se com os empates diante de Estoril Praia (1-1, na sétima ronda) e Santa Clara (1-1, na 11.ª), em contraste com diversos êxitos folgados no Dragão, excetuando o desaire frente ao Benfica (0-1, na 10.ª), no qual o FC Porto foi afetado pela expulsão de Eustáquio e alinhou mais de uma hora reduzido a 10 unidades.
Uma catadupa de lesões após a inédita paragem da prova para o Mundial2022 afetou a qualidade exibicional da equipa, que se desorientou com as expulsões em cada parte de João Mário e Uribe para sofrer uma reviravolta em casa ante o Gil Vicente (1-2, na 22.ª).
Sérgio Conceição iniciou nessa noite um boicote à imprensa, que seria desfeito mais de um mês depois, quando os 'dragões' já tinham comprometido em Braga (0-0, na 25.ª), na 'ressaca' da 'queda' nos 'oitavos' da Liga dos Campeões aos pés do finalista Inter Milão.
O FC Porto chegou à Luz com 10 pontos de atraso - que passaram provisoriamente a 13 em pleno clássico da 27.ª jornada -, mas consumou a 'virada' sobre o Benfica (2-1), que norteou uma reta final com nove vitórias seguidas, seis das quais pela margem mínima.
Com 46 pontos conquistados em 51 possíveis, a melhor segunda volta protagonizada na 'era' Conceição foi convivendo com uma súbita quebra do líder, que, ao ter perdido mais cinco pontos, conferiu incerteza à luta por um título sentenciado apenas na última ronda.
Enquanto o técnico bateu recordes de títulos (nove), de jogos (326) e de vitórias (238) no FC Porto, Taremi sobressaiu como o melhor marcador da prova, com 22 golos, mas não evitou a pior prestação atacante do clube nos últimos seis campeonatos, com 73 tentos.
Uribe, Otávio ou Galeno impuseram-se em alturas distintas, num conjunto definido pela veterania dos centrais Pepe e Marcano e pela segurança do guarda-redes Diogo Costa.
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