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Ex-Sporting traça plano ideal para um futuro em Alvalade: "Um sonho"

Aos 33 anos, André Martins está à procura de um novo desafio na carreira e, em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, vincou a vontade de continuar ligado ao futebol depois de pendurar as botas. Regressar ao Sporting facilmente faria parte do seu "plano ideal".

Ex-Sporting traça plano ideal para um futuro em Alvalade: "Um sonho"
Notícias ao Minuto

07:44 - 25/07/23 por Miguel Simões

Desporto Exclusivo

Depois de 14 anos ligado contratualmente ao Sporting, no trajeto da formação até ao plantel principal, André Martins não escondeu que o emblema de Alvalade é o seu "clube do coração" e acabou por se 'desfazer' em elogios.

Em entrevista ao Desporto ao Minuto, o experiente médio, não só detalhou as aventuras nos mais diversos clubes que representou ao longo da carreira, como ainda 'abriu o coração' quando foi confrontado com a eventualidade de regressar ao Sporting.

O cenário de voltar a vestir a camisola dos leões perspetiva-se complexo, porém, assim que a conversa 'fugiu' para os planos após o término da carreira de futebolista, o "plano ideal" noutras funções cruzou-se, inevitavelmente, com o emblema de Alvalade.

Há uns meses queríamos muito regressar a Portugal e eu via isso como iminente, mas agora paramos para pensar um bocadinho. Se tiver propostas no estrangeiro, não iremos dizer que não.Aos 33 anos, que patamar ambiciona para o atual momento da carreira?

Estou um bocadinho aberto a tudo. Tenho uma namorada e uma filha, não é uma decisão só minha, apesar de ter uma pessoa ao meu lado que me ajuda em tudo. A Pilar tem só um ano. Não é urgente estar a ir para um sítio com escolas internacionais. Os meus empresários da ProEleven têm estado a trabalhar nesse sentido. Tenho estado a preparar-me para o que aparecer. Há uns meses, queríamos muito regressar a Portugal e eu via isso como iminente, mas agora paramos para pensar um bocadinho. Se tiver propostas no estrangeiro não iremos dizer que não. A nós, também faria bem mais uma experiência fora do país.

Descartaria um clube português, tanto na I e na II Ligas, que revelasse interesse em si?

Para ser o mais sincero possível, isto não está tão relacionado com o poder financeiro de qualquer clube. É mais pelo projeto. Se fosse [um jogador] mais novo, talvez pensasses primeiro no lado financeiro da proposta. Atualmente, procuro um projeto que me convença, em que sinta que vou ser útil. Se for algo vencedor, melhor ainda. Adoro ganhar. Estou nesta vida para isso. A alínea mais importante para mim passa por aí. Seja em Portugal ou seja onde for, basta que seja um projeto convincente e que achemos que vai ser bom para todos. Se for em Portugal, melhor, estou no meu país, perto da minha família, assim como da família da minha namorada. Isso seria a cereja no topo do bolo, claro.

Por mais complexo que possa parecer atualmente, já lhe passou pela cabeça um eventual regresso ao Sporting?

Claro que sim. O Sporting é o clube do meu coração. Voltar seria outra vez um sonho, mais ainda quando está numa fase muito melhor. Tem um projeto incrível, conseguiu dar estabilidade ao treinador e manteve a base da equipa. Mas tenho de ter noção da realidade. O Sporting está a lutar por títulos e tem outro poder de investimento que não tinha há uns anos. Se o regresso ao Sporting fosse colocado em cima da mesa, eu voltava ontem.

Notícias ao Minuto André Martins entrou para o Sporting em 2002 e apenas saiu em 2016.© Getty Images  

No período em que esteve no estrangeiro, esse regresso também foi algo pensado?

Sempre esteve na minha mente voltar a Portugal, não digo propriamente ao Sporting. Claro que o Sporting era o ideal, mas a verdade é que passei por uma fase muito estável da minha carreira lá fora. Quando assim é, não penso em regressar, mas sempre disse que, no futuro, imaginava-me a regressar a Portugal. Fazê-lo pelo meu clube do coração era mesmo o ideal.

Se surgisse uma proposta da Arábia Saudita, com um bom projeto, aceitava esse desafio?

Teria primeiro de ver as condições. Não sou casado e sei que na Arábia Saudita isso é um problema. Assumo que não irei para lado nenhum em que não possa levar a Matilde e a minha filha, sobretudo porque influenciam muito aquilo que é o meu rendimento desportivo. Estando ao lado delas consigo ser muito melhor e estar mais focado. Se viesse uma proposta desse país [Arábia Saudita] e elas pudessem acompanhar-me, sim, aceitava. Temos de ser honestos. É um campeonato com qualidade para o qual cada vez mais jogadores estão a rumar, pelo que isso está a melhorar o futebol na Arábia Saudita.

Colocando um novo cenário complexo em cima da mesa, regressar à seleção nacional é um objetivo ou um sonho?

Sempre tive os pés muito bem assentes no chão. No meu primeiro ano no estrangeiro [já após a estreia pela seleção nacional] era titularíssimo no Olympiacos e o mesmo aconteceu no Legia, sendo que ganhei campeonatos em ambos os sítios. Mas teria sempre de olhar para a concorrência e, apesar da minha boa forma, havia jogadores em destaque em campeonatos mais difíceis que os meus, em clubes muito superiores. Claro que ficamos com aquele bichinho a pensar 'Será que...?', mas tinha noção de que era muito difícil estando eu a jogar onde estava.

Futuro? Continuar em funções, ligado a um desporto que me deu tanto e, ainda por cima, no clube do meu coração, era o ideal. Acredita que pode jogar até que idade?

Tenho 33 anos, mas sinto-me bem. É verdade que tive algumas lesões, mas muscularmente e mentalmente, estou muito bem. Não sei se consigo colocar um limite. Para além da parte física, quero jogar até continuar a sentir aquele nervosismo como se fosse o primeiro jogo. No dia em que eu me levantar de manhã e não tiver vontade de treinar, será o dia que colocarei fim à minha carreira. A parte física também conta muito, e, se fisicamente perceber que já não consigo dar o mesmo, também será o momento certo para me retirar.

Quando terminar a carreira imagina-se a desempenhar outras funções no mundo do futebol?

Gostava muito. Não sei se me vejo como treinador, sou sincero. Não sei se teria estofo para isso. Não é uma vida nada fácil. Mas algo ligado ao desporto ou ao futebol, sim, gostava muito, não sei dizer em relação ao quê em concreto. O futebol deu-me tudo e gostava de continuar.

E se isso acontecesse no Sporting?

Seria o ideal (risos). Continuar em funções, ligado a um desporto que me deu tanto e, ainda por cima, no clube do meu coração, era o ideal. O Sporting está muito bem servido. Não sei daqui a quantos anos vou terminar [a carreira] e quando vou desempenhar funções, mas vamos ver...

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