Notas do Sporting-Moreirense: Físico de um e astúcia de outros bastaram

Leões venceram por 3-0 e não só ultrapassaram o Benfica, como ainda igualaram o FC Porto na liderança do campeonato.

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Miguel Simões
18/09/2023 08:07 ‧ 18/09/2023 por Miguel Simões

Desporto

Análise

O Sporting regressou aos triunfos na I Liga, este domingo, ao bater o Moreirense (3-0), ultrapassando o Benfica e colando-se ao FC Porto na liderança do campeonato, num jogo que também ficou marcado pela primeira vitória... por mais do que um golo.

Os primeiros 45 minutos não tiveram golos, mas não faltaram oportunidades, nomeadamente com três bolas nos postes - duas para os leões e uma para os cónegos. Ainda assim, o lance mais flagrante acabou por ser o golo anulado a Ricardo Esgaio devido a fora de jogo... de cinco centímetros.

O emblema de Alvalade foi mais eficaz no segundo tempo e, em meia dúzia de minutos, resolveu a questão nas 'asas' de uma dupla nórdica que chegou este verão para mostrar que conta com talento de sobra na missão de ajudar a equipa de Rúben Amorim.

O dinamarquês Hjulmand estreou-se a marcar e, pouco depois, o sueco Gyokeres - que já tinha assistido para o golo inaugural - ampliou a vantagem com uma 'cabeçada' para o fundo das redes a deixar o Sporting a vencer por dois golos em cima da hora de jogo.

Até ao apito final, ainda houve tempo para que Diomande fechasse o encontro com o 3-0 final no último lance, num jogo em que astúcia foi a sua palavra de ordem, desde o processo defensivo ao ofensivo, assim como de Hjulmand. No que toca à figura da partida é de realçar que até o seu porte físico foi enaltecido por Rúben Amorim após o término do encontro da 5.ª jornada da I Liga.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Viktor Gyokeres assistiu, marcou e brilhou. A 'ressacar' de golos ao serviço dos leões, desde o bis da ronda inaugural, o avançado sueco foi o responsável por apontar o segundo golo da sua equipa frente ao Sporting - fatal nas aspirações do Moreirense -, já depois de ter assistido o companheiro Hjulmand para abrir o ativo em Alvalade. O ponta de lança esteve de tal forma em destaque que Rúben Amorim, na análise ao jogo, não poupou nos elogios, entre algumas sugestões de melhorias para aumentar o grau de sucesso.

Surpresa

Ousmane Diomande continua a dar que falar e já nem se pode dizer que se trata propriamente de uma surpresa. Ainda assim, perante o Moreirense, o defesa costa-marfinense revelou ser imperial na missão defensiva, travando várias investidas dos oponentes diretos ainda fora de área. No capítulo ofensivo, não só fechou o 3-0 final com uma 'cabeçada' ao cair do pano, como ainda foi protagonista de algumas bolas em profundidade que causaram dificuldades ao setor defensivo contrário.

Desilusão

Lawrence Ofori acumulou várias perdas de bola e ainda perdeu alguns duelos que tiveram impacto nas dificuldades sentidas pela equipa para 'travar' as transições do Sporting. No que toca à precisão de passe, nem se pode dizer que o jogo tenha corrido mal ao médio do Moreirense, mas em função da sua missão no meio-campo foi registando um pecado aqui e acolá, sendo que o lance do primeiro golo dos leões acaba por ser a principal ilustração disso.

Treinadores

Rúben Amorim prescindiu da titularidade de Paulinho para voltar a colocar Marcus Edwards do onze e, de certa forma, perceber que tipo de dinâmica poderia Gyokeres dar ao ataque leonino, à semelhança do que tinha acontecido contra o Vizela, num jogo em que bisou. A estratégia resultou em, pelo menos, um golo e uma assistência para o avançado sueco, permitindo mais tarde a entrada de jogadores como Paulinho e Geny Catamo (souberam como causar perigo até ao apito final), sendo que não houve mexidas ao intervalo.

Rui Borges não quis ir mais longe do que Rúben Amorim e substituiu apenas Madson por Pedro Amador para dar, provavelmente, outro tipo de enquadramento à ligação entre meio-campo e ataque. O Moreirense não teve medo de chegar à baliza contrária, sobretudo na primeira parte, embora tenha permitido que as principais oportunidades pertencessem ao Sporting. As mexidas surgiram só depois dos primeiros dois golos do Sporting e talvez algo tarde perante a 'avalanche' ofensiva do emblema de Alvalade.

Árbitro

Manuel Oliveira protagonizou uma arbitragem segura e sem casos polémicos, embora o Sporting ainda tenha ficado a reclamar um lance de grande penalidade. Seguro na hora de apitar as faltas e coerente no momento de mostrar os cartões, o experiente árbitro também tomou a decisão acertada na hora de expulsar Maracás já nos instantes finais da partida.

Leia Também: Sporting de 'sotaque' nórdico não deixa fugir o FC Porto

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