Análise: Foi uma exibição muito completa, com alguma dificuldade nos primeiros dez minutos. O Moreirense teve bola, jogaram com o Pedro Amador, e aquilo parecia mais uma linha de cinco do que uma linha de quatro. Demorámos algum tempo a perceber isso, levámos com muitas bolas do guarda-redes para o lado esquerdo, porque tínhamos de mudar um bocadinho a pressão. Bastam esses pormenores para dificultar. O Moreirense tem muita confiança, é muito bem trabalhada e criou-nos algum dificuldade. Teve uma oportunidade, mas, a partir daí, tomámos conta do jogo. Uma primeira parte, contra uma equipa organizada, temos de cansá-los. Por vezes é difícil o público perceber isso, mas os jogadores têm de fazê-lo, é obrigatório. Quando o Seba para a bola e todos vão para a posição, os adeptos querem aquilo mais rápido, mas as ordens são do treinador. Conseguimos começar a entender e a desenvolver o jogo, sabendo que, com o desenrolar, o Franco não vai chegar sempre à pressão ao Morita e ao Pedro Gonçalves, etc. A partir daí, criámos sempre ocasiões. Na segunda parte, parecemos mais frescos do que o adversário, e, com a qualidade dos jogadores, criámos oportunidades. Marcámos três golos, mas podíamos ter marcado mais.
Marcus Edwards no lugar de Paulinho: Pensávamos que o Moreirense iria jogar com uma linha de quatro, como fez contra FC Porto e Sporting de Braga, mas não o fez. Pensei que o Maracás e o Marcelo se sentiriam mais confortáveis com duas referências, por isso, colocámos uma referência e jogadores móveis para dificultar e terem de sair das posições. A ideia nem sempre funciona, mas o futebol é mesmo assim. Fazemos sempre a equipa para vencer o jogo. Vínhamos de uma paragem longa, agora é que começam os jogos, mas não interessa descansá-los agora, mas sim quando estão cansados.
Gyokeres já é referência: Acima de tudo, perceber que nem toda a gente andava a dormir. Ele quis mesmo vir para o Sporting. Nós vimos as propostas que ele tinha. Ele percebeu o projeto, é um jogador muito ambicioso. Se calhar, os clubes que tinha não eram os clubes para onde quer ir, numa Premier League. Foi bastante inteligente, mas tem muito a melhorar. Em Braga, teve muitas transições onde tem de parar a bola. Hoje, foi muito melhor. Deus deu-lhe aquele físico, e ajuda-nos muito a esticar o jogo. Torna a equipa muito mais perigosa.
Segue-se a Liga Europa: É um jogo completamente diferente. Lembramo-nos bem do LASK, são sempre jogos perigosos contra equipas muito intensas, por isso, temos de bater com essa intensidade, acompanhar o poderio físico do adversário e olhar para as caraterísticas do adversário. Temos de preparar a melhor equipa para o jogo da Liga Europa, sabendo que a prioridade é, outra vez, o jogo de segunda-feira.
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