Álvaro Pacheco já não é o treinador do Estoril. Um desfecho precipitado pelo empate a duas bolas concedido, no sábado, na receção ao Vizela, que aumentou para quatro o número de partidas consecutivas sem que a equipa tivesse conquistado qualquer triunfo.
O treinador chegou ao Estádio António Coimbra da Mota no passado verão, para suceder a Nélson Veríssimo, com um contrato válido por uma temporada, mas acabou por sair, apenas três meses depois, dececionado com a realidade com que se deparou.
De acordo com informações recolhidas pelo Desporto ao Minuto, o ex-Vizela deu o 'sim' a um projeto desportivo assente num futebol positivo, no qual o próprio se revia, mas que se viu impossibilitado de colocar em prática, em grande parte, devido ao desenrolar do mercado.
Por entre uma alteração de diretor desportivo, os canarinhos deixaram uma 'fatia' significativa do reforço do plantel para os derradeiros dias do defeso, pelo que a pré-época se realizou com um elevado número de elementos provenientes da equipa de sub-23.
Os jogadores que, efetivamente, chegaram ao clube, foram, maioritariamente, por opção da equipa de prospeção e do próprio presidente, ao passo que aqueles que foram sugeridos pelo técnico de 52 anos acabaram por ser ignorados.
Os contratempos avolumaram-se, e Álvaro Pacheco deixa o Estoril na 17.ª e penúltima posição da I Liga, com quatro pontos conquistados em seis jornadas, isto apesar de deter um dos melhores ataques de toda a prova, com 12 golos marcados.
Um registo histórico, visto que há já 72 anos que os canarinhos não marcavam tanto em tão poucos jogos, algo que, aliado ao surgimento de jovens como João Marques ou Rodrigo Gomes, dá margem para acreditar que o sucessor tem 'armas' para dar a volta à situação.
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