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"No FC Porto, há aquele ADN de ir à Luz e fazer um jogo transcendental"

Em declarações exclusivas ao Desporto ao Minuto, o antigo guarda-redes do FC Porto anteviu o 'Clássico' de sexta-feira e analisou a qualidade do plantel de Sérgio Conceição. Para Jorge Amaral, devia haver mais qualidade na defesa e um substituto para Otávio.

"No FC Porto, há aquele ADN de ir à Luz e fazer um jogo transcendental"
Notícias ao Minuto

07:17 - 26/09/23 por David Silva

Desporto Exclusivo

O primeiro grande Clássico do campeonato português, na versão 2023/24, joga-se nesta sexta-feira, dia 29 de setembro. O Benfica recebe o FC Porto, eterno rival nortenho, no Estádio da Luz. Um local que tem sido feliz para os dragões, já que a última vez que o Benfica ganhou diante do FC Porto em casa foi no longínquo ano de 2018, com um golo de Haris Seferovic. 

Em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, Jorge Amaral, antigo guarda-redes do FC Porto, diz que a equipa é sempre "transcendental" na casa do Benfica, mas antevê um jogo dividido.

"Não penso em desforra [da Supertaça, ganha pelo Benfica], pois  uma coisa é um jogo de campeonato, outra coisa é uma final, um jogo só. O FC Porto encara este tipo de jogos de forma diferente. Então quando é contra o Benfica... de forma ainda mais ambiciosa. Eu acho que é 'um melão' para os dois. É muito difícil prever o que poderá acontecer. Como as equipas não estão num momento muito assertivo, é imprevisível dizer quem poderá superiorizar-se, se bem que, dentro do FC Porto, há aquele ADN de ir à Luz e fazer a diferença, um jogo transcendental. O encontro de sexta-feira é um 'melão' por abrir e ver o que está lá dentro...", brinca Jorge Amaral.  

"Futebol sem ideias, sempre lento, nem sempre pressionante"

Mas, apesar desse histórico, a verdade é que o momento das duas equipas pode dizer muito sobre o desenrolar da partida. Nesta temporada, o FC Porto encontra-se em primeiro lugar na I Liga, com mais um ponto do que o Benfica. Os portistas ganham, mas sem convencer totalmente Jorge Amaral. 

"Gostei do jogo da Supertaça, numa primeira parte muito bem conseguida, em que o FC Porto podia e deveria ter estado a ganhar através de um futebol pressionante, à maneira daquilo que a equipa do Sérgio gosta de fazer, e uns 30 minutos muito bons contra o Shakhtar. Mas os restantes jogos não foram tão bem conseguidos. Um futebol sem ideias, sempre lento, nem sempre pressionante, nos últimos minutos muito à base do coração do querer e alguma sorte à mistura, como é evidente", lamenta.

Na opinião de Jorge Amaral, os jogadores do FC Porto têm facilitado contra adversários teoricamente inferiores. "Um jogo de Champions é encarado de determinada forma e um jogo contra o Gil Vicente, Arouca, etc. de outra. Acha-se que, com maior ou menor dificuldade, vai-se ganhar", diagnostica o antigo atleta, admitindo ainda que "este não é 'mal' apenas do FC Porto." 

"Em termos defensivos, o FC Porto precisa de mais qualidade"

Sérgio Conceição estará privado de Iván Marcano e, possivelmente, de Pepe, no eixo da defesa. Duas baixas importantíssimas para o plano de jogo, especialmente num duelo contra o um rival direto. Jorge Amaral lamenta a situação, mas vê qualidade em David Carmo, por exemplo, para assumir o lugar. 

"Estamos a falar de um Marcano que, desde que assumiu a titularidade, no ano passado, agarrou o lugar de uma forma extraordinária, impensável para muitos. Tornou-se até um defesa goleador. Estamos a falar de uma experiência de jogo, entre Pepe e Marcano, que é incontornável, em termos de títulos e de jogo. Outros estão à procura do seu espaço. David Carmo esteve muito bem neste último jogo, tirando o lance do golo, em que ficou ligado, de certa forma, mas tem de haver compensações ali atrás. Houve inúmeros passes errados que podiam ter dado golo, e que não deram. Ele foi ganhando níveis de confiança muito grandes durante este último jogo", recorda Jorge Amaral. 

Pepe e David Carmo formam uma dupla "muito boa", na opinião do antigo guarda-redes. Mas Amaral reclama mais qualidade na defesa do FC Porto, comparando este plantel com anteriores.  "Se calhar, fomos mal habituados, no passado... Tivemos laterais fantásticos, dos melhores que andam por aí. Estes mais recentes... Acho que em termos defensivos, o FC Porto necessitava, na minha ótica, de um pouco mais de qualidade, se bem que este grupo de jogadores é de um compromisso fantástico. Trabalham que é uma coisa impressionante. Temos de ser coerentes na avaliação, porque são profissionais de mão cheia", aponta Jorge Amaral.

E mesmo mais adiante no campo, há saídas que não foram supridas no mercado. "Varela não é Uribe, André Franco não é Otávio, Pepê não é Otávio". E, sem o atual jogador do Al Nassr, o FC Porto fica sem "um pensador de jogo", na opinião do mesmo. 

Leia Também: FC Porto começa a preparar Clássico contra o Benfica sem Pepe

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