O jornal neerlandês De Telegraaf recorda que Vaessen já tinha sobrevivido a um episódio difícil há alguns anos, quando ainda conciliava a vida profissional com o futebol amador na academia de jovens do RKC Waalwijk. O próprio Vaessen contou o sucedido aos meios de comunicação social neerlandeses em várias entrevistas.
"De repente, vi uma faca enorme. Foi aí que começou o pesadelo". Foi o que disse à revista ELF Voetbal, em 2021, sobre o episódio vivido em 2014. A 22 de março desse ano, Vaessen foi atacado por um assaltante. Um assalto a uma loja Mediamarkt em Breda quase terminou em tragédia. "É uma data que nunca esquecerei. Uma data que também quero tatuar". Vaessen estava a trabalhar como guarda na conhecida loja de Breda há três semanas.
"Juntamente com um colega, estava na porta de saída para intervir em caso de roubo ou outros incidentes. De repente, um tipo foi apanhado a roubar um iPad e eu saí da loja a correr atrás dele. Queria provar o meu valor. Era a primeira vez que me encontrava naquela situação. Fui atrás do rapaz e, após cem metros, apanhei-o. Depois disso, começou uma luta. De repente, vi uma faca enorme", conta Vaessen na entrevista.
"Não senti nada na altura, mas vi muito vermelho no lado do meu corpo. Limpei a minha mão e ela ficou imediatamente coberta de sangue. O rapaz fugiu. Saiu de bicicleta e desapareceu do meu campo de visão. O meu companheiro que estava à porta correu atrás de mim e inclinou-se sobre mim: Não é assim tão mau', disse-me. Mais tarde, admitiu que só tinha dito aquilo para me tranquilizar. Eu não sentia nada. Provavelmente por causa da adrenalina que corria pelo meu corpo. Estava numa espécie de transe", contou o guarda-redes. Teve de ficar cinco dias no hospital e, por sorte, os ferimentos não atingiram nenhum órgão vital.
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