O Benfica deu, ao início da noite desta terça-feira, 'sinal de vida', em Arouca, onde conquistou um importante triunfo, por 0-2, não só para as contas da Taça da Liga, como, especialmente, para o estado anímico da equipa, face a uma série de resultados menos conseguidos.
Roger Schmidt assentou os encarnados num sistema tático alternativa, em busca de deixar para trás os 'fantasmas' de um passado recente, e a equipa reagiu positivamente, com lances em que envolveu vários jogadores, sempre guiado por Ángel di María.
O internacional argentino foi, de resto, o responsável por 'sacar um coelho da cartola', aos 26 minutos, quando 'arrancou' um pontapé-livre, à entrada da grande área, que converteu com mestria, abrindo, desta maneira, caminho rumo à vitória..
As águias embalaram, assim, para uma exibição positiva, ainda que sem encantar, frente a um adversário que pouco ou nada fez para evitar a derrota, e só por manifesta falta de eficácia não 'matou' o jogo, ainda antes do apito para o intervalo.
Já no segundo tempo, os arouquenses ainda ameaçaram uma resposta, mas sem grande contundência. Os visitantes, por seu lado, viram um golo anulado a João Mário, aos 56 minutos, antes de Arthur Cabral 'saltar' do banco para marcar o golo que fechou o marcador.
O Benfica passa, desta maneira, a somar três pontos, o que o deixa na liderança do Grupo B da Taça da Liga, em igualdade com o Arouca, que, no entanto, tem uma partida a mais. Em terceiro e último lugar, encontra-se o AVS, ainda com a contagem a 'zeros'.
Figura
Quem tem Ángel di María, tem tudo. O Arouca bem tentou fechar-se, mas não conseguiu conter o génio do internacional argentino, que encontrou sempre maneira de furar linhas. Prova disso foi o que fez aos 26 minutos, quando pegou na bola, arrancou e só foi travado em falta, tendo desfeito o nulo na (exímia) marcação do respetivo pontapé-livre.
Surpresa
Altamente criticado, Arthur Cabral vai, aos poucos, começando a mostrar o que levou o Benfica a investir cerca de 20 milhões de euros na sua aquisição à Fiorentina, no passado mercado de transferências de verão. Desta feita, rendeu Gonçalo Guedes, aos 56 minutos, e, 18 minutos depois, fez o gosto ao pé. Um lance ao qual juntou uma outra série de investidas perigosas.
Desilusão
Num jogo que não foi propriamente exigente, António Silva assinou uma exibição aquém das expetativas, particularmente, sem bola. Somou erros atrás de erros, o primeiro dos quais logo aos 18 minutos, quando, na tentativa de cortar a bola, acabou por deixá-la nos pés de Alfonso Trezza, que, no entanto não soube aproveitar.
Treinadores
Daniel Ramos: O Arouca foi surpreendido com a disposição tática com que o Benfica se apresentou em campo, particularmente, face à ausência de uma referência no ataque, e demorou em demasia a adaptar-se. Os homens da casa foram 'tenrinhos' na pressão, e pouco ou nada fizeram no ataque, pese embora uma 'tímida' resposta, no segundo tempo, quando o treinador lançou Bogdan Milovanov e Cristo González.
Roger Schmidt: Face às dificuldades sentidas nos últimos jogos, o treinador do Benfica mexeu num esquema tático e apostou num 3x4x3, com João Neves na ala direita, Fredrick Aursnes na esquerda e Gonçalo Ramos na frente de ataque. A equipa denotou, aqui e ali, algum desconforto, principalmente, pela incapacidade de explorar os corredores, mas deu sinais positivos e o resultado final não merece contestação.
Árbitro
Noite tranquila para Hélder Carvalho, que soube controlar os picos de agressividade que foram surgindo aqui e ali. No segundo tempo, o Benfica chegou a reclamar duas grandes penalidades em menos de um minuto, mas o juiz esteve bem ao nada assinalar em ambas as ocasiões, visto que, primeiro, Javi Montero tinha o braço apoiado no chão quando a bola lhe foi à mão, e, na segunda, João Neves 'mergulhou' face à saída de Thiago Rodrigues.
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