John Obi Mikel concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista à rádio britânica talkSPORT, na qual disse estar solidário com Luis Díaz, antigo jogador do FC Porto cujo pai está sequestrado há já mais de uma semana, com paradeiro desconhecido.
O antigo internacional nigeriano, que se destacou ao serviço do Chelsea, entre 2006 e 2016, revelou que já passou por duas vezes por esta experiência: "O meu pai foi raptado quando eu estava a jogar pela seleção nacional, no Campeonato do Mundo de 2018, na Rússia".
"Da primeira vez que foi raptado, falei com os sequestradores e exigiram muito dinheiro, que acabei por pagar, antes de o meu pai ser libertado. Mas a segunda vez aconteceu quando estava a jogar pelo meu país, e recebi uma chamada do meu irmão", começou por afirmar.
"A primeira vez foi chocante, mas a segunda foi ainda mais, porque estava prestes a entrar num dos maiores jogos da minha vida (...). Estava prestes a jogar contra Lionel Messi e a Argentina. Por isso, pensei 'OK, sabem que mais? Vou manter-me tranquilo'", prosseguiu.
"Liguei à minha mãe e aos meus irmãos, estavam todos a chorar. Disseram 'Não, não devias jogar, porque não vais conseguir jogar bem'. Estive algum tempo sozinho e decidir que ia jogar e jogar bem. Por isso, não disse a ninguém. Entrei em campo e joguei", completou.
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