A Alemanha perdeu os dois amigáveis que disputou durante a pausa para seleções e o entusiasmo que rodeava a chegada de Julian Nagelsmann ao comando da maanschaft desapareceu de um dia para o outro.
As críticas às derrotas diante de Turquia (2-3) e, sobretudo, para a Áustria (0-2) voltaram a surgir. Lothar Matthäus, antigo selecionador alemão, é uma voz de autoridade que critica a abordagem de Nagelsmann e apela a mudanças drásticas.
Na sua coluna de opinião na Sky Sports, Matthäus descreve o desempenho da Alemanha como vergonhoso. "Depois dos jogos contra a Turquia e a Áustria, sinto-me como se tivesse sido transportado para a era de Hansi Flick. Compreendo o Julian, não me importo que tentem alguma coisa, mas já não temos mais tempo", disse Matthäus.
"Julian não tem de provar nada. É um grande treinador, gosto da sua forma de jogar, mas a incerteza que existia antes da sua chegada ainda existe. Se tiver três defesas e dois extremos, estes dois têm de pensar mais em termos defensivos".
Kai Havertz foi utilizado como extremo esquerdo contra a Áustria e a experiência foi muito má. "O treinador poderia esperar que alguém como Grimaldo, do Leverkusen, jogasse na esquerda e na direita, mas ele foi treinado como lateral. Havertz, Sane e Brandt são jogadores de ataque e não vão jogar nessas posições nos seus clubes durante os próximos sete meses. Isto também cria incerteza entre os outros jogadores. Sei o que Nagelsmann está a planear: no Bayern, preferia Alphonso Davies na esquerda e agora quer transformar Havertz num Davies".
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