Berrnardo Silva viajou até às suas origens e ao momento em que começou a dar os primeiros passos, ainda muito pequeno, no Benfica, numa entrevista a Fátima Campos Ferreira, à RTP.
"Contam histórias de que não me lembro, de que até pequenino na praia chutava bem a bola. Eu levava uma bola para a escola. Gostavam que eu fosse jogador e o presente de anos foi meterem-me nas escolinhas do Benfica. No fim do primeiro treino, como tinha muito jeito, aos sete anos convidam-me a trabalhar com os federados. Era ao lado do estádio da Luz, ainda não havia Seixal. Foi um choque, era menino de colégio, privilegiado. Muitos com nove anos tinham pouco para comer ou quase nada, iam de transportes. Foi um choque para mim passar para um ambiente em que via que muitos passavam dificuldades. Incentivou-me. Chamavam-me betinho.", começou por dizer o futebolista do Manchester City, antes de expressar o desejo do regresso à Luz.
"Eu gostava [de voltar]. É um negócio em que tem de haver duas partes envolvidas. Eu quero, se o clube quiser na altura, obviamente que as coisas vão acontecer. [vale muitos milhões?] Neste momento sim. Se voltar a Portugal a parte financeira não será por aí. Vou querer receber um salário correspondente ao meu valor, mas sempre dentro do que se pratica em Portugal. Não vou ser um maluquinho para pedir coisas que não façam sentido no nosso futebol", complementou, antes de frisar que apoiou Noronha Lopes nas anteriores eleições do Benfica. Porém, realça que ficou surpreendido com a prestação de Rui Costa até ao momento à frente dos destinos do clube.
"Não votei, porque vinha de uma direção que apesar de coisas boas que fez, falharam noutras. Na altura achei que devia ter seguido outro caminho. Fiquei surpreendido com o que fez no primeiro ano. Era o meu ídolo, era a minha referência. É-me indiferente quem seja o presidente do Benfica na altura, mas que seja um presidente que leva o Benfica no rumo certo", rematou.
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