Já depois de garantir uma vaga na Liga Europa, atenuando a 'crise' que se instalou pela eliminação da Liga dos Campeões, o Benfica volta, agora, a virar atenções para a I Liga, esta sexta-feira, onde vai defrontar o Sporting de Braga... na Pedreira.
O histórico das águias em Braga é altamente vantajoso. Porém, se olharmos apenas para os últimos dez confrontos, a verdade é que os arsenalistas venceram mais de metade (seis), registaram três derrotas e ainda um empate que, no desempate por grandes penalidades, viria a transformar-se no apuramento na Taça de Portugal.
Para todo este cenário recente também contribuiu Roger Schmidt, sobretudo atendendo aos resultados alcançados nas deslocações ao Minho, tratando-se de um terreno muito 'derrapante' para as águias desde a sua liderança.
Em três jogos frente ao Sporting de Braga, o treinador alemão perdeu no primeiro duelo (3-0 há sensivelmente um ano), empatou pouco depois (1-1, acabando eliminado nos penáltis por 5-4) e ainda viria a registar um triunfo, na única partida disputada no Estádio da Luz. Contas feitas, o histórico não é positivo, tornando-se mesmo o maior 'osso duro de roer' para a sua equipa.
De Braga a Guimarães... e não só
Desde que Roger Schmidt foi contratado por Rui Costa, o Benfica registou um total de 56 triunfos, 13 empates e nove derrotas em 78 jogos oficiais, tratando-se de um histórica que melhora ligeiramente se restringirmos os números às competições nacionais (desde I Liga e Taça de Portugal a Taça da Liga e Supertaça), com 45 vitórias, nove igualdades e quatro desaires, ou seja, sorriu em 78% das ocasiões.
De todos os 13 'tropeções' em solo português, cinco aconteceram no Minho. O primeiro de todos ocorreu em Guimarães, no empate frente ao Vitória SC (0-0), seguiu-se o Moreirense em duelo a contar para a Taça da Liga (1-1, ditando a eliminação na altura do Mundial do Qatar), assim como o Sporting de Braga (3-0 na I Liga e a já referida eliminação na Taça de Portugal). O último, bastante recente, por sinal, teve lugar, novamente, em Moreira de Cónegos, com um empate (0-0) no passado dia 3 de dezembro.
Primeira derrota de Roger Schmidt no Benfica aconteceu no fecho de 2023, em Braga, por 3-0.© Global Imagens
Para além da região minhota, os restantes oito 'deslizes' aconteceram de forma espalhada entre Trás-os-Montes e Lisboa. O Sporting arrancou dois empates (ambos por 2-2, na temporada passada), o Casa Pia e o Farense repetiram o mesmo resultado, na Luz (1-1), e o Caldas ainda assustou, na Taça de Portugal, com um empate (1-1) a anteceder o sorriso dos encarnados nos penáltis (3-5). Quanto às equipas nortenhas, o FC Porto venceu na Luz (1-2 na época transata), o Boavista 'tramou' o Benfica, no Bessa (3-2), no arranque da presente edição do campeonato, e, em solo transmontano, o Desportivo de Chaves surpreendeu, ao triunfar por 1-0 na reta final da temporada passada.
Tudo o resto - e falamos de 45 partidas nas provas portuguesas - traduziram-se em vitórias, pelo que não parecem existir grandes dúvidas quanto ao facto de o Minho ser a zona mais problemática para o treinador alemão impor o seu sorriso. Entre os cinco deslizes na região minhota, dois foram em Braga e três em Guimarães (ainda que em estádios distintos), mas foi na Pedreira que o Benfica nunca conseguiu levar nada de nada. Será esta a oportunidade ideal para Roger Schmidt controlar a 'crise' que atravessa na I Liga?
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