Pep Guardiola explicou, esta quinta-feira, que não iria abordar a questão da Superliga Europeia, que horas antes ganhou 'nova vida' devido à decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), na véspera de uma final. Em conferência de imprensa, de antevisão ao jogo com o Fluminense, para a derradeira partida do Mundial de Clubes, o treinador catalão foi questionado sobre o tema e acabou por ser bastante parco em palavras. 

"Não vou comentar isso horas antes de jogarmos a final do Mundial de Clubes. Temos tempo para refletir. Os advogados e os clubes vão decidir aquilo que têm de fazer", atirou Guardiola, citado pelo Manchester Evening News. 

Curiosamente, o Manchester City acabaria por reagir publicamente à decisão do TJUE, reafirmando que está ao lado da ECA e a da UEFA. 

"A nossa posição não mudou. Continuamos empenhados em trabalhar com outros clubes através da ECA e na participação das competições da UEFA", vincouo campeão inglês e atual vencedor da Liga dos Campeões, em comunicado. 

Recorde-se que o TJUE considerou contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibir futebolistas e clubes de participarem em competições privadas, tal como a Superliga proposta em 18 de abril de 2021.

O mais alto órgão administrativo da UE considerou que a UEFA e a FIFA abusaram da sua "posição dominante" na sua ação contra a criação da controversa Superliga de futebol.

Real Madrid e Barcelona são os resistentes entre os 15 fundadores do projeto original -- apesar de só terem sido revelados 12 -, que preconizava uma competição com 20 clubes, que foi contestada por diversos quadrantes, desde as estruturas da modalidade até aos governos nacionais, passando pelos próprios adeptos.

Em outubro de 2022, foi criada a empresa A22, promotora do projeto, que readaptou o plano inicial, em fevereiro de 2023, sob novos princípios e um modelo com 60 a 80 clubes, que fosse aberto, sem membros permanentes e alicerçado no mérito desportivo. 

[Notícia atualizada às 17h54]

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