O Sporting de Braga conquistou, este sábado, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, a terceira Taça da Liga da sua história, após vencer nos penáltis o Estoril-Praia, por 5-4, após o 1-1 no tempo regulamentar. Um recinto que albergou na final 18.989 espectadores.
Numa primeira parte animada, nomeadamente os primeiros 25 minutos, a final da competição começou com um erro garrafal de José Fonte que cometeu falta sobre Cassiano e o brasileiro, na marca dos 11 metros, não perdoou.
Os arsenalistas, contudo, mantiveram o ascendente na partida e, aos 20 minutos, Ricardo Horta, numa obra prima de fora da área, restabeleceu a igualdade. Depois disso, e apesar da entrega das duas equipas, a partida transformou-se num encontro sem balizas e que, por poucas ocasiões, Dani Figueira e Matheus Magalhães foram chamados a trabalhos redobrados.
Inclusive, na etapa complementar, não houve praticamente qualquer remate à baliza a registar. Aos 84 minutos surgiu a melhor ocasião, através de Pizzi, com Dani Figueira a responder à altura. Dos canarinhos, e na segunda parte, apenas registo o lance de Mateus Fernandes a testar de muito longe a atenção de Matheus.
A festa arsenalista acabou mesmo por suceder e os pupilos de Artur Jorge ergueram mesmo a terceira Taça da Liga da sua história, após converterem os cinco castigos máximos e Tiago Araújo falhar no derradeiro penálti.
Vamos então às notas desta partida:
Figura
Ricardo Horta é um jogador bastante acima da média e nesta final voltou a 'pincelar' o relvado de enorme classe. Dele saiu o golaço, de fora da área, rubricado aos 20 minutos, e mais um conjunto de apontamentos de elevado nível. Na qualidade do passe esteve praticamente irrepreensível.
Surpresa
Tem 37 anos e continua a ser um relógio suíço. Perfeito na ocupação dos espaços e em chegar a quase todo o lado na hora certa. Com mais de uma centena de ações, João Moutinho converteu-se num pilar no meio-campo dos arsenalistas.
Desilusão
Esteve longe das performances mais vistosas anteriormente rubricadas e agora teve o condão de colocar um ponto final ao sonho canarinho. Tiago Araújo falhou o penálti decisivo, na lotaria dos castigos máximos, e acabou por ser a sombra de maior dimensão deste Estoril.
Treinadores
Artur Jorge conquistou, este sábado, o primeiro título no comando da equipa sénior do Sporting de Braga. Apesar das dificuldades que sentiu no arranque da partida e em grande parte da etapa complementar, o maior domínio sobre o rival, como seria de esperar, e a pontaria mais afinada na marca dos 11 metros, acabaram por desaguar num título que há muito Artur Jorge desejava alcançar.
Vasco Seabra rubricou um plano quase perfeito. Se a lição estava bem estudada, e melhor ficou com o golo de Cassiano, a diminuição de rendimento de várias pedras angulares no decorrer do encontro acabaram por tirar poder de fogo ofensivo aos canarinhos. Todavia, o Estoril termina esta competição de cabeça levantada, após suplantar FC Porto e Benfica e empurrar o Sporting de Braga para a decisão nos penáltis.
Árbitro da partida
Fábio Veríssimo não somou erros de maior e esteve bem no critério disciplinar. Bem auxiliado pelo VAR no lance da grande penalidade cometida por Cassiano.
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