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Assim se repete a 'receita' de sucesso. As notas do Portimonense-FC Porto

Dragões foram a jogo com o mesmo onze que golearam o rival Benfica (5-0) e viram agora atenções para a Liga dos Campeões.

Notícia

© Gerardo Santos / Global Imagens

Miguel Simões
09/03/2024 07:35 ‧ 09/03/2024 por Miguel Simões

Desporto

Análise

Cinco dias depois do 'show' no Clássico diante do Benfica (5-0), o FC Porto 'despachou' o Portimonense com um triunfo sólido (0-3), esta sexta-feira, em Portimão, onde já não sabe o que é 'tropeçar' desde 1989. 

Com a mesma 'receita' do último jogo, em função da repetição do onze, Sérgio Conceição viu a sua equipa chegar à vantagem bem cedo, quando Nico González rubricou a estreia a marcar pelos azuis e brancos, ao sétimo minuto da partida, beneficiando de uma falha do Portimonense em zona proibida.

Sem alterações ao intervalo, Galeno decidiu entrar para a ficha de marcadores com um belo e tranquilizador golo, aos 59 minutos, já depois de ter assistido o médio espanhol para o tento inaugural, levando ambos os treinadores a mexer nas suas equipas.

Já com o jogo praticamente resolvido, Pepê tratou de selar o 0-3 final, aos 79 minutos, após passe do recém-entrado Jorge Sanchéz, sentenciando qualquer dúvida que pudesse existir quando ao desfecho da partida.

Dessa forma, antes do embate frente ao Arsenal nos 'quartos' da Liga dos Campeões (onde segue com uma vantagem por 1.-0), o FC Porto tratou de pressionar os rivais Sporting e Benfica no topo da I Liga, passando a somar 55 pontos no terceiro lugar, a três do Benfica (menos um jogo) e a quatro do Sporting (menos dois jogos). Já o Portimonense é 14.º classificado, com 23, um ponto acima da linha de água.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Wenderson Galeno voltou a dar 'show', já depois de ter dado nas vistas no Clássico frente ao Benfica (5-0), desta vez com um golo e uma assistência - fundamental para o desfecho da partida em Portimão. O avançado luso-brasileiro foi a unidade mais esclarecedora da equipa de Sérgio Conceição e, depois do brilhante passe para a estreia a marcar de Nico González, ainda tratou de rubricar um belo (e tranquilizador) golo no segundo tempo.

Surpresa

Nico González assinalou a sua estreia a marcar pelo FC Porto, com um tento madrugador apontado ao Portimonense, pleno de intenção e, claro, de sentido de oportunidade. Fruto de uma falha dos algarvios, a pressão colocada pelos setores intermédio e ofensivo possibilitou que o médio aparecesse em zona de finalização e não tremesse na hora de festejar. Para além disso, o médio espanhol não falhou praticamente nenhum passe durante o encontro.

Desilusão

Gonçalo Costa não realizou uma péssima exibição, mas acabou por estar na origem do primeiro grande erro dos algarvios, uma vez que, no tento madrugador do FC Porto, o seu alívio para a grande área não terá sido a melhor ideia perante a pressão intensa do adversário, 'baralhando' os colegas. Além disso, em termos ofensivos, o número 18 do Portimonense foi anulado no seu corredor e perdeu alguns duelos em zonas cruciais do terreno.

Treinadores

Paulo Sérgio decidiu promover alterações em relação ao onze apresentado frente ao Vizela (0-0), mexendo ao de leve em todos os setores do terreno, mas acabou por ver a sua estratégia ser 'aniquilada' com o golo madrugador do FC Porto, impulsionado por um erro crucial no último terço. As quatro alterações de uma assentada na segunda parte não terão surtido o efeito desejado, uma vez que, pouco depois, os azuis e brancos selaram o 0-3 final, sem margem de reação para a equipa de Portimão.

Sérgio Conceição repetiu exatamente a mesma 'receita' da humilhação aplicada ao rival Benfica, apoiando-se no lema 'em equipa que ganha não se mexe', colhendo frutos disso mesmo com mais uma grande noite de Galeno. Focado na I Liga, o treinador do FC Porto apenas mexeu na equipa à entrada para o último um quarto de hora e acabou por evidenciar que o jogo frente ao Arsenal, agendado para esta terça-feira, nunca esteve em primeiro plano. Ainda assim, houve tempo e espaço para as cinco alterações.

Árbitro

Artur Soares Dias protagonizou uma arbitragem segura e sem casos polémicos, tendo apenas sido confrontado com pedidos de penálti por Francisco Conceição. De resto, o experiente árbitro português revelou ser coerente na hora de apitar as faltas e no momento de mostrar os cartões (apenas dois, ambos para os algarvios). Em suma, uma noite tranquila, apesar de chuvosa.

Leia Também: 'Embalado' pelo Clássico, FC Porto sorri em Portimão e pressiona rivais

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