222 milhões de euros chamam a atenção. A qualquer um, inclusive a justiça. Em França, as autoridades investigam a transferência de Neymar para o Paris Saint-Germain, desde o Barcelona, efetuada em 2017, segundo revela o Le Monde nesta terça-feira.
Este montante representou o maior negócio de sempre do futebol mundial. A investigação, detalha o jornal, foi lançada em fevereiro deste ano, por "factos que podem configurar tráfico de influência ativo e passivo".
Este é o resultado dos primeiros elementos de investigação sobre o chamado caso “Barbouzeries” em que Nasser Al-Khelaïfi, presidente do PSG, está envolvido. Os magistrados de instrução responsáveis pela informação judicial consideram que os dados são suficientemente importantes para separar os dois ficheiros.
Isto surge na sequência de buscas que tiveram lugar no Ministério das Finanças em Janeiro e, um mês depois, na sede do PSG. Jean-Martial Ribes, ex-diretor de comunicação do clube, e acusado por Al-Khelaïfi, é indiciado por “tráfico de influência ativo” no contexto destes dois casos.
A Justiça procura saber se o antigo vice-presidente da Assembleia Nacional tentou obter do Ministério da Ação e Contas Públicas, então ocupado por Gérald Darmanin, vantagens fiscais para o PSG no âmbito desta transferência de 222 milhões de euros em troca para presentes.
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