Além de ter desmentido Manuel Barroso, autarca de Cartaya, Sérgio Conceição explicou ainda, esta terça-feira, aquilo que disse ao árbitro antes de se instalar a confusão na Taça Gañafote, de Huelva, torneio internacional entre várias equipas de infantis, cuja final foi disputada entre o FC Porto e o Sevilla, no domingo.
“Essa invasão, como dizem, não foi no fim do jogo. Havia famílias a festejarem com os miúdos do Sevilha que ganharam o torneio e os nossos meninos, um bocadinho mais desiludidos e tristes, estavam com os pais no campo. Quase todos os pais estiveram dentro do campo, que é dividido, e eu estava numa zona intermédia entre dois campos de futebol de sete onde ficam o árbitro e as equipas de assistência. Se eu e os restantes pais deveríamos estar no campo? Provavelmente não, mas é hábito isso acontecer, os pais irem ter com os miúdos para festejarem ou os consolarem", começou por dizer Sérgio Conceição, em declarações ao Porto Canal, prosseguindo.
"Passaram a imagem de que eu entrei para contestar alguma coisa, o que não é verdade. O campo terá câmaras de vigilância que poderão comprovar isso. Havia muita gente junto à linha lateral, pais dentro do campo e outros perto da baliza onde o jogo terminou. Aquilo acabou, eles continuaram por ali, o árbitro pegou no material, veio tranquilamente para o balneário e foi quando o abordei, de forma tranquila, até a rir-me com outros pais, para lhe dizer que poderia ter marcado um penálti e tornado a final mais emocionante. Não me deixaram acabar porque entretanto se intrometeu o presidente da câmara local, que eu não sabia quem era e ele provavelmente também não sabia quem eu era, mas isso não interessa porque estamos a falar do respeito entre pessoas. Ele perdeu completamente o controlo e começou a empurrar de uma forma agressiva", explicou o treinador do FC Porto.
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