O Sporting visita o mítico Estádio José Gomes, na Reboleira, para defrontar o Estrela da Amadora, amanhã, sexta-feira. Um jogo previsivelmente favorável aos leões, tanto pelo momento atual (1.º contra 13.º classificado) como pelo registo histórico - a última vez que o Estrela levou de vencida o Sporting na Reboleira foi há 25 anos.
Curiosamente, é nesta sexta-feira que esse jogo completa 26 anos - foi a 29 de março de 1998 que os amadorenses festejaram uma vitória diante do Sporting de Carlos Manuel. As duas equipas voltam, agora, a enfrentar-se no mesma data.
O Desporto ao Minuto falou com um dos jogadores do Estrela da Amadora que alinharam nesse jogo. Carlos Chaínho, antigo futebolista, diz recordar-se bem desse encontro, que começou com um golo de livre madrugador de Assis, irmão de Ronaldinho Gaúcho, mas acabou com um bis do substituto Renato Anjos.
"Lembro-me bem, foi um jogo complicado. O Sporting tinha uma grande equipa, mas nós em casa éramos muitos fortes. Salvo erro, ganhámos aos três grandes em casa. O Renato fez um grande jogo, nestes jogos grandes ele aparecia. Tinha facilidade de finalização, demos a volta e foi um feito que perdura até agora. Tínhamos uma equipa muito capaz, éramos confiantes, sabíamos as fraquezas que tínhamos, mas corríamos mais. Tínhamos uma equipa muito compacta, com jogadores que faziam a diferença, como o Velic, o Renato Anjos, o Fonseca... Éramos muito capazes em casa. Há pouco tempo estive a ver essas imagens", confidencia o antigo médio.
[Carlos Chaínho em ação pelo Estrela da Amadora]© Cortesia Carlos Chaínho
Chaínho detalha o porquê do sucesso nesse jogo, que teve Fernando Santos, treinador do Estrela, como elemento-chave. "Conhecíamo-nos muito bem dentro de campo, estávamos numa situação em que queríamos fazer a melhor qualificação de sempre. O 'homem' montou bem a equipa, trabalhámos bem nessa semana. Treinámos em Almada, na Marinha, que tinha um campo enorme. A palestra foi fundamental. Dos festejos, não me lembro de nada, mas quando ganhávamos, festejávamos sempre. A seguir ao jogo, muitas das vezes íamos jantar", conta o ex-FC Porto.
Não era incomum o Estrela treinar nesse referido campo, já que o clube só dispunha do campo principal do Estádio José Gomes, em tempos 'diferentes' do futebol português. Tempos com outros protagonistas, que Chaínho recorda com saudade.
Havia Sá Pinto, Beto... jogar contra Oceano e Vidigal não era brincadeira
"O Assis batia muito bem. Havia Sá Pinto, Beto... Jogar contra Oceano e Vidigal não era brincadeira. Havia qualidade do lado contrário e tínhamos de nos superar. Adorava jogar contra eles, pelas características que tinham, pela entrega. Dava-me prazer", completa o luso-angolano.
Fazendo uma ponte para o presente, o Sporting conta com o favoritismo, numa altura em que conta com 75 golos marcados, 25 sofridos e apenas duas derrotas no campeonato. O Estrela, por seu lado, tem apenas 25 golos marcados. No entanto, cinco das suas seis vitórias foram obtidas em casa.
"Não acredito em equipas imbatíveis. O Sporting está a lutar pelo título, mas o Estrela é difícil em casa, tem bons jogadores, um treinador que prepara bem as suas equipas, gosto bastante dele [Sérgio Vieira]. Não será fácil, obviamente, mas se o Sporting quiser ganhar este jogo, vai ter correr mais, suar mais. o Estrela é uma equipa que não desiste", termina Carlos Chaínho.
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