Pinto da Costa, presidente do FC Porto e candidato às eleições presidenciais agendadas para dia 27 de abril, deixou um recado, este domingo, a André Villas-Boas, outro dos candidatos, por conta da Academia do clube azul e branco.
"Poder-se-á perguntar porque é que ao fim de 42 anos me candidato novamente. Pensei muito em não o fazer. A minha família achava que era tempo de eu descansar. Ao princípio fiquei feliz com o aparecimento de uma candidatura, porque havia uma alternativa, mas quando vi a primeira fila na apresentação, percebi que o canto da sereia que me dirigiam era para deixar em aberto a entrada de pessoas", começou por dizer Pinto da Costa, numa ação de campanha na casa do FC Porto em Argoncilhe, citado pelo jornal O JOGO, prosseguindo.
"Decidi que não ia permitir que o FC Porto fosse abrir as portas aos inimigos. Não queria deixar que o FC Porto fosse um campo de luta para direitos televisivos. Tem-nos quem pagou mais. Não vamos de maneira nenhuma ceder a chantagens. A luta é pela terra queimada. Estão a fazer coisas inadmissíveis. Raúl Costa, um dos mentores da outra candidatura, que é empresário, fez a venda do Luiz Díaz para o Liverpool. Quando ia receber uma comissão de cerca de quatro milhões, pediu para dividir por três porque tinha. Não vimos mal nenhum e aceitamos. Sabem o que aconteceu? Um dos parceiros pôs-nos um processo na FIFA que seria impeditivo de participarmos em competições nacionais. Quero ser candidato pelo futuro do FC Porto. Sou candidato porque por mais que tentassem boicotar a nossa academia na Maia, não conseguiram. Vai ser uma realidade. Vai ser o nosso orgulho e a melhor de Portugal. Não é uma utopia, nem um chorrilho de mentiras, como disse o outro candidato. Se tiverem vergonha, vão ter de engolir tudo o que disseram", vincou o atual presidente dos dragões.
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