A Audiência Nacional rejeitou os recursos apresentados por Luis Rubiales e o ex-presidente da Real Federación Española de Fútbol vai ser julgado pelo polémico beijo não consentido a Jenni Hermoso, após a final do Mundial Feminino, a 20 de agosto de 2023, revela a imprensa espanhola esta segunda-feira.
Além de Rubiales e Vilda, tinham recorrido da decisão do juiz Francisco de Jorge de levar o caso a julgamento outras duas pessoas investigadas: Albert Luque, ex-diretor desportivo da seleção, e Rubén Rivera, antigo responsável de marketing.
O juiz considerou que o beijo dado pelo ex-dirigente máximo da RFEF à jogadora, após a conquista do título mundial, na Austrália e Nova Zelândia, "não foi consentido, foi uma ação unilateral e de surpresa" e que o selecionador Jorge Vilda "exerceu pressão" sobre Hermoso.
"A finalidade erótica ou não, bem como o estado de euforia e agitação que se seguiram ao extraordinário triunfo, são elementos cujas consequências, ou consequências legais, devem ser determinadas durante o julgamento", indicou o juiz.
A argumentação foi neste sentido, face às justificações de Rubiales, quando disse que a situação ocorreu num "momento de felicidade, de grande alegria e no momento", rejeitando qualquer "conotação sexual".
Após os acontecimentos, o dirigente, que inicialmente recusou a demissão do cargo -- o que viria a acontecer em 10 de setembro do ano passado -, disse ter sido um pequeno beijo consentido e referiu estar a ser alvo de um "falso feminismo".
De recordar que o Ministério Público espanhol solicitou uma pena de dois anos e meio de prisão para Luis Rubiales, alegando um crime de abuso sexual e coação por conta do caso do beijo não consentido a Jenni Hermoso.
O MP também terá feito um pedido especial no âmbito desportivo, defendendo que se aplique uma medida que impeça Rubilaes de comunicar com Jenni Hermoso e de se aproximar da jogadora espanhola num raio de 200 metros durante quatro anos.
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