O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deu a conhecer, esta terça-feira, a suspensão de Pinto da Costa por 35 dias, para além do pagamento de uma multa no valor de 5.610 euros, por críticas dirigidas ao árbitro Tiago Martins, após a derrota do FC Porto frente ao Estoril (1-0). Ainda assim, o dirigente que se prepara para perder a presidência dos dragões para André Villas-Boas ainda poderá recorrer da decisão, com vista à presença na final da Taça de Portugal, diante do Sporting, no próximo dia 26 de maio.
"No dia 30.04.2024 foi proferida decisão, julgando a acusação parcialmente procedente, por provada, condenando-se o Arguido pela prática de uma infração disciplinar p. e p. nos termos das disposições conjugadas dos artigos 136.º, n.º 1 e n.º 3 [Lesão da honra e da reputação e denúncia caluniosa] com referência aos artigos 112.º, n.º 1 e 54.º, n.º 1, todos do RD, na sanção de suspensão de 35 (trinta e cinco) dias e multa no valor de € 5.610,00 (cinco mil, seiscentos e dez euros)", pode ler-se no comunicado, precisamente um mês após a derrota na Amoreira.
Na altura, o ainda presidente dos dragões compareceu na conferência de imprensa para criticar o trabalho da arbitragem, após um jogo marcado pelas expulsões de Diogo Costa e Francisco Conceição, visando o trabalho de Tiago Martins no VAR.
"O senhor Tiago Martins, já no ano passado, com o Gil Vicente, fez-nos perder um campeonato. O senhor Tiago Martins tem a fama de ser o melhor VAR, mas não é (...) O FC Porto tem sido vergonhosamente prejudicado, sobretudo pelos VAR. Espero que o senhor Fontelas, mesmo com toda a campanha de Tiago Martins, reflita e veja se tem mão nisto, senão é melhor dar lugar a outro", atirou no passado dia 30 de março.
Vale a pena reforçar que Pinto da Costa confessou integralmente e sem reservas os factos ocorridos após o encontro da 27.ª jornada, levando o organismo que tutela o futebol português a cumprir os prazos regulamentares para a aplicação da sanção, ainda que haja uma ressalva importante a 'travar', pelo menos por enquanto, essa decisão.
O presidente cessante do FC Porto conta com a hipótese de impugnar a decisão para o Pleno do Conselho de Disciplina, o que, desde logo, terá efeitos suspensivos. Caso a decisão se mantenha, Pinto da Costa pode recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) e pedir uma providência cautelar de forma a estar presente na final da Taça de Portugal, no Jamor, no próximo dia 26 de maio, diante do Sporting.
[Notícia atualizada às 17h36]
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