Tiago Pinto, antigo diretor-geral da AS Roma, concedeu esta quarta-feira uma entrevista ao Canal 11, na qual reagiu pela primeira vez às palavras de José Mourinho à margem do Grande Prémio de Portugal de MotoGP.
Sem entrar em grandes detalhes, o português optou por não responder de forma direta às palavras do técnico setubalense, preferindo destacar o que tem vindo a aprender com todos os outros treinadores com os quais privou nos últimos anos.
"Sou sempre grato pelas oportunidades que me dão na vida. Aproveito-as para aprender e crescer. Na AS Roma, durante três anos e um mês trabalhei com Paulo Fonseca e José Mourinho. Foi tudo oportunidades de crescimento, desenvolvimento pessoal e profissional. É o que tenho a dizer", começou por dizer Tiago Pinto.
"Foram três anos e um mês muito exigentes para mim, onde cresci muito. Seguramente errei muito, acertei muito. Com 39 anos, já tive a experiência de trabalhar com eles. Com Bruno Lage, Rui Vitória e Jorge Jesus. Também nas modalidades com grandes treinadores... De todos, guardo alguma coisa e fizeram-me crescer. Se estou magoado? Para mim, a vida passa rápido e tenho de me focar no que controlo e na minha forma de ser e na forma de estar. E isso nunca ninguém vai mudar", prosseguiu.
Tiago Pinto explicou ainda as razões que o levaram a deixar a AS Roma.
"Se olharem para os 15, 20 anos, só um diretor-desportivo esteve mais tempo do que eu. É um clube exigente, que não prima pela estabilidade dos diretores e treinadores. Estou muito grato pela oportunidade que tive, acho que fizemos um bom trabalho, mas sabia que o meu futuro passaria por outro tipo de clubes e de outro tipo de ligas. E nesse sentido sentia-me verdadeiramente exausto. A AS Roma precisava de alguém que tivesse a mesma energia e motivação que eu tinha quando cheguei. E eu sentia necessidade de descansar. E senti que era um ciclo que se fechava. Foi muito difícil com todos os problemas que a AS Roma tinha. Senti que era o momento para sair", finalizou.
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