Cristiano Ronaldo concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista ao podcast da WHOOP, empresa dedicada à preparação física com a qual assinou, recentemente, uma parceria, na qual passou a carreira a 'pente fino'.
O internacional português recordou aqueles que foram os primeiros anos no mundo do futebol, especialmente quando, em 'tenra' idade, deixou as camadas jovens do Andorinha para se mudar para o Sporting, onde acabaria por conseguir 'explodir' e alcançar patamares de outra dimensão.
"Eu mudei-me, aos 11 anos, da Madeira para Lisboa, o que é difícil, para ser sincero. Provavelmente, foi a parte mais difícil ao nível profissional da minha carreira. Foi difícil deixar a minha família, na Madeira, para perseguir o meu sonho, em Lisboa, com 11 anos. Agora, vejo o meu filho mais velho, o Cristiano... Não sei se eu seria capaz de o deixar partir, com mais dois anos do que eu tinha. Vai ser difícil", afirmou.
O agora jogador do Al Nassr, de 39 anos de idade, abriu, ainda, o 'livro' sobre alguns dos 'segredos' para a longevidade, e sublinhou: "O talento sem trabalho não é nada, e o trabalho sem talento não é nada. Acho que ambos se misturam. É claro que tenho os dois. Não diria que tenho mais um do que o outro, porque, olhando para toda a minha carreira, nos últimos 20 anos, o meu nível foi elevado".
"Como sabes, isso é muito difícil, não apenas no futebol, como em tudo. Estar no topo durante 20 anos é inacreditável, e é o que continuo a fazer. Para mim, é um grande feito. A minha maior motivação é continuar a desfrutar, a fazer as pessoas felizes, a fazer a minha família feliz", referiu.
"Não é fácil estar a este nível, continuar a lutar e a motivar-me para continuar a marcar golos, a estar em boa forma, a competir com os jovens leões que chegam... Quando jogam contra mim, querem mostrar-me que são mais fortes e mais rápidos do que eu. Tens de preparar-te muito bem, não apenas fisicamente, como também mentalmente", prosseguiu.
"Mas é um desafio, porque, se tratares bem o teu corpo, podes mantê-lo durante muitos e muitos anos. Este é o grande desafio, para mim, e é ótimo. Sinto-me orgulho disso, de, com esta idade, continuar a competir ao mais alto nível. É ótimo e dá-me motivação para continuar", completou.
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