Ao leme do plantel desde quarta--feira, dia em que os minhotos anunciaram a saída de Álvaro Pacheco, o quinto treinador do Vitória na presente época confessou "um orgulho enorme e responsabilidade" por liderar o clube do qual é adepto desde que se lembra e por o ajudar a "poder ficar na história", com um recorde de 63 pontos no campeonato, em caso de triunfo no sábado.
"Não é o cenário ideal, como todos sabemos. Sou trabalhador do clube, faço parte da estrutura e, quando me lançaram o desafio para fazer este último jogo, o clube precisava de mim. Com sentido de missão, vou tentar fazer o meu melhor, juntamente com os jogadores, para conquistar os três pontos", disse, na antevisão ao desafio marcado para as 15:30, em Arouca.
Grato pelo trabalho e pelo empenho demonstrados por Álvaro Pacheco, treinador do qual foi adjunto, o vimaranense de 31 anos considerou que o plantel merece bater esse recorde após as dificuldades atravessadas ao longo da época, até pelas respostas vitoriosas que deu às saídas dos três anteriores treinadores, Moreno, João Aroso, que comandou a equipa como interino, e Paulo Turra.
Questionado sobre a possibilidade de o embate de sábado projetar a sua carreira, Rui Cunha disse apenas estar focado no Vitória, em que os "jogadores estejam bem", após três dias de treino em que se viu obrigado a tomar decisões, com uma "pressão completamente diferente" da que tinha.
"A pressão é completamente diferente de uma equipa A para um escalão de formação, mas a forma de estar no treino é a mesma. Os jogadores conhecem-me há dois anos. Trabalho com eles desde que o Moreno assumiu a equipa principal [na época 2022/23]. Em três dias, não dá para mudar grande coisa. Será aquilo que foi nos últimos jogos", detalhou.
O técnico vitoriano para a derradeira jornada da época considerou ainda o Arouca, sétimo classificado, "uma das equipas mais versáteis no momento ofensivo", ao reunir muitos elementos nessa manobra, apesar de já não dispor do melhor marcador da época, Rafa Mujica, transferido para os qataris do Al Sadd há semana e meia depois de apontar 20 golos na I Liga.
"Já não têm o Mujica, que acrescentava muito à profundidade, mas terão outro jogador que possa fazer essa função. Preparamos o jogo da melhor forma. Sinto que o grupo está focado e preparado para todos os cenários", referiu.
Rui Cunha recusou ainda comentar o processo que conduziu à saída de Álvaro Pacheco, treinador associado aos brasileiros do Vasco da Gama, que anunciou uma queixa--crime contra o presidente vitoriano, António Miguel Cardoso, na sequência das declarações que proferiu acerca dos acontecimentos que levaram à saída.
O Vitória de Guimarães, quinto classificado da I Liga portuguesa, com 60 pontos, defronta o Arouca, sétimo, com 46, em desafio marcado para as 15:30 de sábado, no Estádio do Futebol Clube de Arouca, com arbitragem de Bruno Pires Costa, da Associação de Futebol de Viana do Castelo.