Nobby Stiles 'saltou' para a ribalta, no Campeonato do Mundo de 1966, quando, mesmo sem os dentes da frente, anulou Eusébio e ajudou Inglaterra a deixar Portugal para trás, nas meias finais, na caminhada rumo à histórica conquista da prova.
Em 2020, com 78 anos de idade, o antigo internacional inglês acabaria por morrer, vítima de uma Encefalopatia Traumática Crónica (ETC). Desde então, o filho, John Stiles, tem sido uma das faces mais visíveis da luta que tem como objetivo erradicar (ou, pelo menos, minimizar) os cabeceamentos do futebol.
Em entrevista concedida à edição deste domingo do jornal espanhol Sport, o também ex-jogador mostrou-se solidário com Raphael Varane, que, recentemente, assumiu que as comoções cerebrais sofridas ao longo da carreira prejudicaram o seu rendimento desportivo.
"Ele tem razão em estar preocupado. A doença que está a matar os jogadores chama-se ETC, Encefalopatia Traumática Crónica. Cada vez que sofres um impacto na cabeça, uma proteína chamada 'tau' liberta-se do cérebro", começou por afirmar.
"Se não sofreres outro impacto, acalma-se e não há problema, mas os jogadores sofrem dezenas de cabeçadas. Então, esta proteína solta-se, assenta-se no cérebro e destrói-o", acrescentou John Stiles, que se destacou ao serviço do Leeds United.
Leia Também: Oficial: Manchester United anuncia saída de 'peso pesado' do plantel