Ao nível desportivo, o estádio é a casa da Académica - Organismo Autónomo de Futebol, que milita na Liga 3 de futebol, da Associação Distrital de Atletismo de Coimbra, do Clube de Veteranos de Atletismo de Coimbra, da Associação Distrital de Judo e, mais recentemente, do Clube Recreativo do Calhabé.
"Ao longo destes 20 anos, o balanço tem de ser positivo. A única coisa negativa é efetivamente a Académica este ano não ter subido à II Liga, porque, de resto, este estádio é uma bela sala da nossa cidade, com uma pista de atletismo que é usada pela associação distrital e capacidade para receber concertos musicais e finais de competições", sublinhou o presidente da 'briosa', Miguel Ribeiro.
O dirigente dos 'estudantes', no cargo desde junho de 2022, destacou a centralidade na malha urbana da cidade daquele equipamento desportivo, que nestes 20 anos tem sido gerido pela Académica, ao abrigo de um protocolo com a Câmara de Coimbra, que termina este mês e está a ser renegociado.
"Podemos estar muito orgulhosos de termos transformado um estádio que era só um estádio de futebol numa central de serviços e de comércio. Temos aqui restaurantes, escritórios e uma série de atividades que a Académica conseguiu atrair, criando vitalidade e receita e não deixando que se transformasse num elefante branco como outros se transformaram", frisou o presidente da Académica.
O Estádio Cidade de Coimbra é também a casa diária do atletismo distrital, que conta com 1.700 atletas distribuídos por 21 clubes, na qual a grande maioria dos clubes de distrito faz a sua preparação.
"Só o concelho de Coimbra tem 600 atletas que treinam regularmente no Estádio Cidade de Coimbra, numa pista que é das melhores do país e com uma relevância enorme para o atletismo distrital", salientou o coronel David Soares, presidente da Associação Distrital.
O dirigente frisou que a pista de atletismo "representa muito" para a associação, por ter permitido a Coimbra passar a receber competições nacionais e internacionais e possibilitar treinos diários aos atletas.
"Esta pista é uma das melhores do país porque praticamente não tem vento, o que permite realizar as provas em tempos inferiores".
A infraestrutura assume também centralidade ao nível do comércio e serviços.
Rúben Leite, das Clínicas Leite, de oftalmologia, que ocupa duas áreas diferentes no estádio num total de 850 metros quadrados, justificou a sua instalação naquela infraestrutura a partir de 2007 com a centralidade urbana e a oportunidade de ocupar um espaço novo "numa das zonas em maior crescimento e de muita proximidade com as pessoas".
"Tínhamos noção sobre os planos de expansão para esta área, até com a futura construção do metrobus, que vai permitir atrair muito mais gente de passagem nesta área, além do potencial de estar num estádio dentro de uma cidade, o que tem outro alcance e visibilidade que não teríamos dentro de outra zona da cidade", disse o administrador.
Salientando que o Estádio Cidade de Coimbra oferecia excelentes condições, Rúben Leite lamentou que a manutenção do espaço tenha vindo a ser descurada ao longo dos anos, "que é visível em grande parte do estádio e nos corredores de acesso às infraestruturas" da clínica, que, muitas vezes, tem de efetuar "as reparações interiores" necessárias.
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