Ricardo Quaresma concedeu uma longa entrevista ao jornal A Bola, divulgada na edição impressa desta quinta-feira, em que recordou as sensações fortes provocadas pela conquista do Campeonato da Europa de 2016, ao serviço de Portugal, em França, tendo ainda colocado esse título acima de outros troféus como a Liga dos Campeões (2010) pelo Inter ou a Taça Intercontinental (2004) pelo FC Porto.
"Eu quando entro numa final, entro para ganhar, seja à França, seja contra quem for, mas, sabíamos que não íamos lutar só com a equipa, com a seleção francesa, mas com o país francês. O Fernando Santos quando assume a seleção preparou bem esse espírito de grupo e acho que isso levou-nos ao sucesso", começou por recordar.
"É difícil explicar todas as emoções, tudo aquilo que passa na cabeça, mas a primeira coisa que eu fiz foi ir à bancada, pegar o meu filho ao colo e levá-lo para dentro de campo e andar com ele ali. Eu acho que só caí em mim quando cheguei ao aeroporto de Lisboa. Aí foi quando me caiu a ficha e pensei que realizei o sonho de todos os portugueses", vincou de seguida.
Ricardo Quaresma, atualmente sem clube, não esteve no Euro'2020 (realizado em 2021 por força dos constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19) e, como tal, acabou por se despedir dos Europeus com a conquista de 2016, fazendo valer o "destino".
"Acredito muito no destino, acho que o que está escrito para ti ninguém vai apagar. Eu acho que tinha de ser assim. Tive muitas oportunidades para estar nos mundiais e nunca estive. Ficava sempre de fora. Quando estava no FC Porto, as coisas estavam a correr-me muito bem, fui considerado o melhor extremo, o melhor jogador, durante vários anos e depois chegava os mundiais e eu ficava de fora. Tive de esperar até 2018 para fazer um Mundial. Por isso, é o que é. Não sou muito de me chorar ou de ficar a pensar no passado, porque a vida vai andando e tu tens de olhar para o presente, mas se olhar para trás, acho que fui muitas vezes injustiçado", atirou.
"Eu ganhei tudo o que tinha para ganhar no mundo do futebol. Ganhei Champions League, sou campeão do mundo pelo FC Porto… Ganhei tudo, mas chegando a esse título, acho que nenhum se compara a ser campeão europeu pelo meu país", completou.
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