É um caso que tem dado que falar no FC Porto. Faustino Gomes, um dos agentes de Cardoso Varela, quebrou o silêncio, este domingo, sobre o alegado ‘rapto’ do jovem de 15 anos, que ‘desapareceu’ após o Europeu de sub-17, garantido que tudo aconteceu com base numa "decisão familiar", numa altura em que os dragões já se preparavam para avançar com uma queixa na FIFA.
"O Cardoso Varela, depois do Europeu, esteve no Dragão e ia para a escola fazer exames, não foi raptado. Em nenhum momento constou o meu nome oficialmente nos documentos, quer procuração, quer contrato com a Puma ou mesmo com o FC Porto. Sempre foi a família que assinou", começou por dizer em comunicado, em declarações citadas no jornal O Jogo.
"Ficou provado, perante as autoridades competentes, que não houve rapto. Tudo foi feito com consentimento da família do miúdo. Fui eu que o levei para o FC Porto quando ninguém o conhecia… Foi um processo que começou com Fernando Gomes, o Bibota, que Deus o tenha, e veio-se arrastando por muito tempo com Pinto da Costa. O presidente André Villas-Boas, antes do término do contrato, no dia 30 de junho, tudo fez para levar esse caso a bom porto, mas infelizmente não houve acordo com a família", acrescentou de seguida.
"O papel de representante de um atleta menor nunca estará acima da decisão familiar, que fique claro. Sigo as coordenadas da família. São eles que mandam como dita a lei. Não posso abandonar o miúdo que não tem culpa de nada só que não houve acordo ambas as partes. Tenho boa relação com o presidente Villas-Boas - ainda hoje [ontem] estivemos a falar porque tenho mais atletas no FC Porto. Ele sabe qual é a minha posição nesse processo", completou sobre o assunto.
Recorde-se que, segundo as informações dos últimos dias, o extremo português tinha reprovado o ano escolar por falta de comparência nos exames, situação que já tinha sido reportada pelo clube azul e branco à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). Rapidamente começaram a circular notícias de que o jovem de 15 anos estaria comprometido com outro clube, sendo que, os jogadores com idade inferior a 16 anos não estão autorizados a assinar contrato profissionais. Ainda assim, de acordo com o agente FIFA, os dragões já estarão a par de mais pormenores da situação que envolve Cardoso Varela, apesar da influência das "coordenadas da família" no futuro do atleta.
[Notícia atualizada às 12h50]
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