A instabilidade que se tem vivido no Bessa, com o impedimento pela FIFA de inscrever contratações para a jornada inaugural - até ao momento, Ibrahim Alhassan (ex-Beerschot, da Bélgica) e Bruninho (emprestado pelo Atlético Mineiro, do Brasil) -, por dívidas e vários processos movidos por credores, faz com que o técnico italiano tenha o plantel limitado para a convocatória.
Ainda assim, declarou-se pronto para "ir à luta" em Rio Maior, com a intensão clara de fugir ao discurso de vitimização perante o contexto adverso.
"Na minha vida, em geral, nunca choro, nunca me queixo. Por isso, aceitei a situação inicial do Boavista, tendo consciência das dificuldades. Neste momento, não estou com medo de ir à luta amanhã [sábado], a estreia é um jogo importante. O meu pensamento positivo é igual ao que falei quando cheguei", expressou, na conferência de imprensa de antevisão à partida.
O Boavista ainda não teve a possibilidade de fazer face à saída de alguns titulares importantes da temporada passada, como Pedro Malheiro, Chidozie, Makouta ou Bruno Lourenço, e acresce ainda a possibilidade de mais perdas, enquanto Róbert Bozeník tem surgido noticiado como alvo de interesse de vários clubes.
Porém, Bacci acredita que a 'janela' de transferências, e todas as peripécias que lhe estão associadas, não terão influência no comportamento dos jogadores.
"Os jogadores são alvos do mercado de transferências. Não é só o Bozeník, são outros. Há também situações em que os jogadores estão a treinar sem serem inscritos, o que, se calhar, ainda é pior. O profissionalismo dos jogadores, em geral, no meu plantel, é impecável. O Bozeník é o primeiro a chegar ao treino e o último a ir embora", explicou.
O treinador regressa em 2024/25 ao papel de treinador principal, depois de sete temporadas enquanto adjunto, no PAOK Salónica (Grécia), Al Hilal (Arábia Saudita) e Udinese (Itália), e teve uma primeira experiência em Portugal, ao serviço do Olhanense (de 2014/15 a 2016/17).
Quanto ao Casa Pia, o técnico destacou que o adversário traz uma "base" de continuidade da temporada passada, apesar da recente entrada de João Pereira para o comando técnico.
"O Casa Pia manteve, em relação ao ano passado, muitos jogadores, então tem uma base. Por isso, dá para perceber a ideia de jogo. Para nós, o tempo não foi muito, mas a equipa trabalhou bem e forte. Chegamos aqui, como é público, com problemas relativamente a inscrições de jogadores, mas o jogo foi preparado da maneira mais objetiva possível", garantiu.
O Boavista desloca-se ao Estádio Municipal de Rio Maior para defrontar o Casa Pia, com apito inicial marcado para as 18:00 de sábado e arbitragem ao cargo de Pedro Ramalho, da Associação de Futebol de Évora.