Abel Ferreira recorreu às redes sociais, este domingo, para se defender das acusações de machismo de que está a ser alvo desde a noite deste sábado, após as declarações que tanto deram que falar na sequência da goleada do Palmeiras ao Cuiabá (4-0), de Petit.
O treinador português defendeu que só precisava de "dar justificação a três mulheres", enumerando a sua mãe, a sua mulher e a presidente Leila Pereira, algo que rapidamente gerou controvérsia, uma vez que a resposta era dirigida a Alinne, uma repórter da Rádio BandNews FM.
Dessa forma, o antigo internacional português não hesitou em esclarecer o contexto da sua intervenção, admitindo que foi "infeliz" na resposta.
"Após o jogo de ontem, ainda no ônibus que nos trouxe de volta a São Paulo, eu telefonei para a repórter Alinne Fanelli a fim de lhe dizer que não tive, de forma alguma, a intenção de lhe causar qualquer constrangimento. Utilizei a pergunta da referida profissional para transmitir uma mensagem que já estava na minha cabeça, sem me dar conta de que, naquele contexto, a declaração poderia gerar uma interpretação diferente ou soar hostil", começou por escrever nas redes sociais.
"Quando concedo uma entrevista coletiva, entendo que não estou respondendo diretamente à repórter, ou ao repórter, que me faz a pergunta, mas sim a todos os presentes na conferencia e também aos nossos atletas e torcedores e a todos aqueles que a acompanham por diferentes veículos de comunicação. Tanto é verdade que, nesta mesma resposta, eu utilizo o pronome 'vocês', no plural, em vez de 'você'", vincou de seguida.
"Lembro que, também na entrevista de ontem, expressei a minha admiração pela presidente Leila Pereira e o orgulho que sinto por ser liderado por uma mulher. Reconheço, contudo, que fui infeliz em minha resposta e, por esse motivo, fiz questão de procurar a Alinne para me retratar e esclarecer o que considero ter sido um mal-entendido", completou.
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