'Viktor'ia que a Supertaça já é história. As notas do Sporting-FC Porto

Grande penalidade convertida por Gyokeres abriu caminho ao triunfo, num Clássico intenso, menos de um mês depois da 'loucura' da Supertaça.

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© Getty Images

Carlos Pereira Fernandes
01/09/2024 08:00 ‧ 01/09/2024 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto

Análise

O Sporting aprendeu a lição da Supertaça Cândido de Oliveira, na qual saiu derrotado, por 3-4 (após prolongamento), e levou, ao início da noite deste sábado, de vencida o FC Porto, por 2-0, em mais um Clássico de grande intensidade, desta feita, em Alvalade.

 

Os leões assinaram uma entrada em jogo algo titubeante, em parte, devido às 'amarras' táticas impostas pelos eternos rivais, das quais acabaram, ainda assim, por livrar-se, rapidamente,  ainda que não sem antes passarem por um ligeiro 'susto', provocado pelo remate de Vasco Sousa, logo nos instantes iniciais do mesmo.

Daí em diante, os leões assumiram o controlo da partida, com uma autêntica 'cascata' de oportunidades flagrantes, nas quais a falta de eficácia de Viktor Gyokeres, Ousmane Diomande e, sobretudo Francisco Trincão, acabou por falar mais alto.

Os dragões foram procurando responder, com um par de remates de Wenderson Galeno defendidos, sem grande dificuldade, por Vladan Kovacevic, mas, na segunda parte, o 'rolo compressor' verde e branco foi, por fim, materializado, aos 72 minutos.

O inevitável Viktor Gyokeres foi derrubado por Otávio Ataíde, quando seguia 'disparado' na direção da baliza, e o árbitro, Luís Godinho, não hesitou a apontar para a marca dos 11 metros, de onde o próprio internacional sueco aproveitou para marcar o sétimo golo da temporada.

Sem nada a perder, Vítor Bruno direcionou os azuis e brancos totalmente para o ataque, mas foram os homens da casa quem voltou a festejar, já nos descontos, desta feita, por intermédio de Geny Catamo, com um belo remate à entrada da grande área, que selou o resultado final.

Feitas as contas, com este triunfo, o Sporting passa a somar 12 pontos conquistado em 12 possíveis, o que o deixa, à condição, na liderança isolada da I Liga, com três pontos de vantagem sobre Famalicão (que ainda vai defrontar o Vitória SC), FC Porto e Santa Clara.

Figura

Aquilo que Viktor Gyokeres luta não se escreve. Mesmo constantemente rodeado por adversários, o internacional sueco conseguiu sempre encontrar maneira de soltar-se e criar perigo. Foi, de resto, 100% sua a responsabilidade pela 'cavalgada' que culminou na grande penalidade que desfez, de uma vez por todas, o 'nó', neste Clássico.

Surpresa

Vasco Sousa é uma autêntica 'carraça'. O médio de apenas 21 anos de idade assumiu a titularidade no centro do terreno como se de um 'veterano' se tratasse, revelando-se incansável, quer na hora de defender (onde somou inúmeros desarmes importantes), quer na de atacar (onde contribuiu, com dois remates perigosos, à entrada da grande área verde e branca).

Desilusão

Danny Namaso foi o eleito, uma vez mais, para ficar responsável pela frente de ataque do FC Porto, mas esteve totalmente 'desaparecido de combate'. Terminou o Clássico sem executar uma única ação determinante que aproximasse a equipa da baliza, tudo isto com os novos concorrentes para a posição, Samu Omodorion e Deniz Gul, a assistir, a partir do banco de suplentes.

Treinadores

Rúben Amorim: O Sporting demorou algum tempo a desenvencilhar-se das 'amarras' impostas pelo FC Porto, mas, assim que o fez, raras foram as vezes em chegou a parecer não ter o jogo 'na mão'. Não foi, de todo, uma tarefa fácil, mas os leões conquistaram uma vitória que lhes assenta que nem uma luva, dado o volume ofensivo que criaram.

Vítor Bruno: Foi um FC Porto maduro aquele que se apresentou em Alvalade, confortável com bola e a saber sofrer (ainda que o tenha feito mais do que era esperado) sem ela. A exibição não foi, propriamente, a que mais encheu o olho, esta temporada, mas trouxe a público uma faceta desta equipa que, até agora, ainda não tinha sido vista, ainda que com demasiadas cautelas, que lhe custaram caro.

Árbitro

Um jogo particularmente físico, que Luís Godinho chegou a parecer ter controlado... até que deixou de o ter. Com o passar dos minutos, o juiz da Associação de Futebol de Évora foi perdendo o 'fio à meada' no que ao critério disciplinar diz respeito, deixando alguns cartões amarelos 'no bolso', como aquele que perdoou a Nico González, por falta sobre Geny Catamo, numa saída para o contra-ataque, aos 48 minutos. Ficam, ainda, dúvidas quanto a um lance envolvendo Gonçalo Inácio e Francisco Trincão, na grande área do FC Porto, na primeira parte.

Leia Também: Sporting pediu penálti neste lance após quedas de Inácio e Trincão

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