Numa altura em que é especulada uma eventual candidatura do dirigente e ex-árbitro à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), em 2025, Proença deixou no ar essa possibilidade e agradeceu a todos os que com ele têm colaborado ao longo dos últimos nove anos na LPFP.
"Não sei será a última Thinking Football Summit enquanto presidente, talvez seja. [...] [Uma candidatura à FPF?] Muito em breve, eu, os clubes e as pessoas que estão comigo diremos o que faremos no futuro próximo. Estarei onde o futebol quiser e onde me sentir feliz. No momento certo, estaremos todos juntos, porque o futebol só faz sentido se estivermos todos juntos", afirmou.
No fecho da cimeira, que se realiza anualmente no Porto e teve, entre quinta e hoje, a sua terceira edição, aproveitou para fazer um balanço do que têm sido os seus três mandatos, nos quais considera ter conseguido cumprir os objetivos de forma sustentada.
"Para mim, era claro que o primeiro ciclo teria de ser de recuperação económica e financeira, não podendo esquecer o posicionamento do futebol profissional como grande motor para alavancagem daquilo que seria a nossa recuperação financeira. Depois, a consolidação de um modelo e depois a fase de crescimento, aquela onde nos encontramos hoje", analisou.
Quanto à Thinking Football, realçou a magnitude do evento, que acredita não ter equivalência no mundo e ser importante na consolidação da relação com as marcas parceiras.
"Indubitavelmente, é uma vitória do futebol português. Estes últimos anos têm demonstrado o que tem sido o resultado que todos, sem exceção, temos vindo a desenvolver. Há uma perceção errada que internamente temos acerca do nosso futebol. Internacionalmente, somos vistos como uma potência. Nesse sentido, a Thinking Football Summit aparece naturalmente. Definimos que era importante ter uma cimeira desta natureza, única no mundo, arrisco-me a dizer", congratulou-se.
Proença salientou também que o futebol português está bem encaminhado numa mudança de ciclo, com uma "nova geração" que lhe traz esperança, perante um modelo de negócio que virá cada vez mais a sofrer alterações.
"O futebol concorre com conteúdos como a Netflix, a Disney e outras atividades de entretenimento. Nos próximos 10 anos, se não conseguirmos criar alternativas e um conceito diferente, podemos perder muito da gente que temos e ama o futebol por não nos adaptarmos a uma nova realidade", constatou.