Já depois de ter dado conta dos bastidores da contratação de Marcos Leonardo, por parte do Al Hilal, junto do Benfica, Jorge Jesus não hesitou ainda em sublinhar o pensamento de Cristiano Ronaldo, ao defender a superioridade do campeonato saudita por comparação ao português.
"Este campeonato, a cada ano, está mais forte. Cada equipa tem dez estrangeiros, estrangeiros esses todos, ou quase todos, das seleções dos seus países. É um campeonato muito forte. Às vezes, vejo na televisão portuguesa quererem comparar este campeonato com o campeonato português, como se tivesse alguma comparação. Não há comparação possível", começou por dizer, em entrevista exclusiva ao jornal A Bola, publicada na edição impressa desta quinta-feira.
"Motivo? Pelos jogadores que jogam aqui. Quem faz a qualidade do futebol são os jogadores e os jogadores que estão aqui, são dos melhores… Não são todos, mas a grande maioria deles são jogadores de grande nível, logo o futebol tem de ser de grande nível. Depois tem estádios com uma grande qualidade nos relvados e que dão boas condições para os fãs poderem assistir aos seus jogos. São estádios de grande qualidade. Não há comparação possível. Quem quer comparar o campeonato português com o campeonato saudita, só fala porque não sabe", acrescentou de seguida sobre o tema.
Para além disso, o experiente treinador português não escondeu o desejo de treinar uma seleção, com um carinho especial pelo do Brasil, após a 'loucura' que se instalou no Rio de Janeiro, aquando da sua passagem pelo Flamengo.
"Continua, mas é também numa perspetiva do que faço como os clubes. Eu só gosto de trabalhar em clubes que ganhem títulos. Por exemplo, eu nunca fui para a Inglaterra treinar, não porque não tivesse convites. Nunca tive foi um convite dos Top 5 e os outros que eu tive… E, agora cada vez menos", vincou.
"A seleção brasileira é diferente, claro que é uma ambição, não nego. Mas será difícil. No Brasil, dificilmente um treinador estrangeiro entra na seleção do Brasil. Acho eu. Pode ser que mude, mas dificilmente acontecerá. Eles não estão muito para aí, que um treinador estrangeiro, seja quem for, treine a seleção do Brasil. Se for um estrangeiro penso que serei aquele que poderei estar mais perto", concluiu.
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