"A equipa está bem e tranquila. Do ponto de vista anímico, estamos fortes, obviamente que os resultados ajudam. Só nos serve de estímulo para dar continuidade. Sabemos a dificuldade e não é por causa de um bom resultado que se tem um bom resultado logo a seguir. Na semana passada, 'matámos um borrego', quebrando um ciclo de jogos com o Moreirense. Vamos interpretar jogo a jogo, trabalhando de forma diária", sublinhou.
Em conferência de imprensa de antevisão ao duelo da oitava jornada do campeonato, José Faria abordou as mudanças no comando técnico, após a saída de Filipe Martins do cargo, tendo procurado alterar a verticalidade e objetividade da equipa nos encontros.
"Quando constituímos este plantel, olhámos para o que os jogadores nos podem dar dentro de campo, mas analisámos também o caráter de cada um. Quando vimos de um ciclo em que os resultados não aparecem, muitas vezes vem a desconfiança. Nós trabalhámos a parte mental, pedimos para se divertirem e fazerem o que se preparam a vida toda. Demos continuidade e temos um compromisso com eles, para poderem voltar a ser uma família, criar laços mais fortes e trabalharem mais juntos", expressou.
Alcançada a primeira vitória oficial na temporada, José Faria considera que a semana de trabalho manteve-se numa "toada de tranquilidade" e que "do passado vivem os museus", apontando baterias ao Gil Vicente, um duelo "de dificuldade máxima".
"O Gil Vicente é uma equipa bastante interessante, manteve a base do ano passado. Estamos bem identificados com o que vão fazer, mas não quer dizer que isso torne as coisas fáceis, pelo contrário. Têm uma ideia bem definida e muito própria, com muita posse de bola, construção a partir de trás e a envolver muita gente no processo e na organização defensiva. Preparámos bem o jogo e definimos um plano estratégico. Vai ser um jogo bastante difícil, num campo tradicionalmente difícil", analisou o treinador.
José Faria assumiu ainda que não falou com o presidente Paulo Lopo sobre o futuro da comissão técnica, inicialmente montada até este jogo com a turma de Barcelos, e falou do empréstimo de Gustavo Henrique, que começou a época como titular e que saiu do plantel "por uma questão de gestão", face à continuidade de outros atletas na equipa.
Também o guarda-redes Bruno Brígido marcou presença na antevisão ao encontro, na qual abordou o facto de o Estrela da Amadora estar a sofrer golos em todos os jogos e ainda não ter tido nenhuma 'folha limpa' nesta época, apesar dos bons desempenhos.
"O futebol é rico em detalhes e tem-nos faltado alguns para sair com a 'folha limpa'. É muito importante e a base da equipa começa a montar-se quando não sofremos golos, mas o mais importante é ganhar jogos. Se ganharmos e sofrermos sempre golos, não me importo nada. Tivemos algumas mudanças e lesões, mas o foco é vencer", realçou.
O Estrela da Amadora, 15.º colocado, com cinco pontos, visita o Gil Vicente, 11.º, com sete, no sábado, a partir das 15:30, no Estádio Cidade de Barcelos, para a oitava ronda da I Liga, que terá arbitragem de Iancu Vasilica, da Associação de Futebol de Vila Real.