"Deve ser o maior jogador da história deles e a seleção depende muito de si. Poderá aguentar mais dois ou três anos a alto nível, mas, quando parar de jogar, a Polónia terá dificuldades, porque nem sempre se consegue encontrar um atacante desta categoria", admitiu à agência Lusa o ponta de lança do Radomiak Radom, 15.º classificado da Ekstraklasa.
Portugal, vencedor da primeira edição, em 2019, mede forças com a Polónia no sábado, às 20:45 locais (19:45 em Lisboa), no Estádio Nacional de Varsóvia, na capital polaca, em encontro da terceira de seis jornadas do Grupo A1 da Liga das Nações.
"A seleção portuguesa é respeitada no mundo inteiro e os seus adversários ficam mais naquela [postura] de esperar para ver o que acontecerá. Não penso que a Polónia saia à maluca [para o contra-ataque], porque há muita qualidade do outro lado. Portugal virá para dominar, mas a Polónia joga em casa e, com certeza, não será um jogo fácil", notou.
No Grupo A1, que qualifica os dois primeiros colocados para os quartos de final, a equipa das 'quinas' é líder isolada, com seis pontos, contra três de Croácia e Polónia e nenhum da Escócia, após vitórias tangenciais (2-1) em casa, no mês passado, perante croatas e escoceses.
"Com a qualidade que existe, não haverá nenhum problema para Portugal passar e ir mais além na competição. Croácia e Polónia são os adversários mais difíceis, mas a Croácia ainda está com uma geração muito forte, boa e um pouco acima da Polónia", enquadrou Leonardo Rocha, de 27 anos, que já marcou nove golos em 10 jogos na Liga polaca 2024/25.
As duas seleções reencontram-se seis anos depois do duplo embate (vitória lusa por 3-2 em Chorzów e empate 1-1 em Guimarães) na primeira fase da Liga das Nações, no qual estiveram presentes referências da atual convocatória do treinador Michal Probierz, tais como Jan Bednarek, Piotr Zielinski, Krzysztof Piatek ou Robert Lewandowski, recordista de internacionalizações (154) e tentos (84) pela Polónia.
"Estão a convocar jogadores mais jovens para tentar construir uma nova geração. Têm renovado a seleção, mas ainda levam gente experiente e com muita qualidade a nível internacional", frisou o avançado, encarando o homólogo dos espanhóis do FC Barcelona como "um dos melhores atacantes da atualidade e talvez top 10 na história do futebol".
Nomes como Wojciech Szczesny e Kamil Grosicki retiraram-se depois da eliminação na fase de grupos do Euro2024, na Alemanha, mas Michal Probierz, designado em setembro de 2023 como sucessor do ex-selecionador português Fernando Santos, tem ao dispor "jogadores rápidos, ágeis e habilidosos".
"Os atletas da Liga polaca que estão mais em destaque normalmente são chamados. Há ali muita conexão e proximidade. Claro que certas posições têm jogadores de classe mundial, mas há sempre três, quatro ou cinco representantes da Ekstraklasa", sinalizou.
Leonardo Rocha espera rumar com alguns compatriotas do Radomiak, orientado por Bruno Baltazar e com Paulo Henrique, Bruno Jordão e Francisco Ramos no plantel, ao Estádio Nacional de Varsóvia, que se situa a quase 100 quilómetros a sul de Radom e foi inaugurado em fevereiro de 2012, ao acolher um particular dos 'bialo-czerwoni' com Portugal (0-0), de preparação para o Europeu daquele ano, coorganizado por Polónia e Ucrânia.
"Aprendi que os adeptos deste país têm amor ao futebol. Nunca vi a seleção em Varsóvia, mas estive lá aquando da Supertaça europeia entre Real Madrid e Atalanta e havia muitos polacos nas bancadas. Aquele estádio é enorme e uma coisa absurda. Vai ser bonito se estiverem imensas pessoas a cantar, mas não é nada que os jogadores portugueses não estejam habituados a este nível", finalizou.
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