Em nota enviada à agência Lusa, a comissão coordenadora da mesa do plenário das Associações de Futebol Distritais e Regionais (ADR) informou que quatro das 19 filiadas presentes quiseram manifestar-se a favor do presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) na sessão, que contou com Nuno Lobo, líder do organismo distrital lisboeta e outro dos potenciais candidatos à sucessão de Fernando Gomes.
De acordo com fontes ligadas ao processo contactadas pela Lusa, as Associações de Futebol (AF) de Algarve, Aveiro, Braga e Viana do Castelo tomaram publicamente essa posição, apesar de o ato eleitoral da FPF não ser um dos temas da ordem de trabalhos.
"Pedi a palavra no final da reunião, que já estava demorada. Como ainda não se tinha falado das eleições, aproveitei para dizer que não havia dúvidas de que nós apoiamos o candidato Pedro Proença", salientou Jorge Sarriá, presidente da AF Viana do Castelo.
Revelando ter estado reunido com Proença, outras ADR e demais associações de classe em 05 de outubro, no Porto, o dirigente vianense admitiu que existam divergências no sentido de voto das 22 ADR, mas assegurou que o plenário de hoje "acabou bem".
Programas em parceria com a FPF, segurança e policiamento dos jogos ou o impacto no desporto da proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2025 foram alguns dos temas debatidos em Castelo Branco, onde Nuno Lobo assumiu que concorrerá às eleições federativas.
"O plenário decorreu com a maior normalidade possível. Houve quatro associações que disseram que estariam com Pedro Proença. É normal. É a democracia a funcionar e as urnas terão de expressar o sentimento dos 84 delegados. Só aí é que vamos ver o resultado eleitoral", apontou o presidente da AF Lisboa, em declarações à agência Lusa.
As eleições dos órgãos sociais da FPF rumo ao quadriénio 2024-2028 ainda não têm candidaturas oficializadas nem data marcada, numa altura em que Fernando Gomes está em funções desde 17 de dezembro de 2011 e cumpre o terceiro e último mandato permitido por lei, que termina até seis meses depois do ciclo olímpico de 2024.
Líder da LPFP desde 2015 e da European Leagues há praticamente um ano, Pedro Proença foi desafiado pelos clubes da I e II Ligas a candidatar-se à FPF em setembro, tendo apontado uma decisão para a próxima Cimeira de Presidentes do organismo regulador do futebol profissional português, ainda em data e local a designar.
A direção e os 20 delegados nomeados pelos clubes para representarem a LPFP na Assembleia Geral (AG) da FPF já manifestaram apoio ao ex-árbitro internacional, que deve enfrentar Nuno Lobo, prestes a finalizar um ciclo presidencial de 12 anos na AF Lisboa.
"Anunciarei a minha candidatura na terça-feira. Não tenho a convicção, mas a certeza de que o movimento associativo estará maioritariamente com a minha candidatura, da qual é, aliás, a sua génese", afiançou.
A AG da FPF é constituída por 84 delegados, 29 dos quais por inerência, que incluem os 22 presidentes das associações regionais e distritais, assim como os líderes da LPFP e das estruturas representativas de treinadores, árbitros, futebolistas, dirigentes, enfermeiros e massagistas e médicos.
Além destes, a reunião magna conta ainda com outros 55 delegados: 20 representantes dos clubes das competições profissionais, oito das provas não profissionais, sete das distritais, cinco dos jogadores profissionais, cinco dos amadores, cinco dos treinadores e cinco dos árbitros.