Parece que nada do que o FC Porto fizesse poderia evitar a derrota por 4-1 diante do Benfica, esta noite de domingo, no primeiro Clássico da época 2024/25, referente à 11.ª jornada do campeonato nacional.
As águias estiveram por cima durante quase todo o jogo e, para além dos três golos marcados, houve um outro que apesar de ter entrado na baliza acabou invalidado por João Pinheiro, numa decisão em tudo polémica do árbitro da AF Braga.
Duas interrupções e dois golos na 1.ª parte
Se Bruno Lage optou por se manter fiel ao onze mais provável, Vítor Bruno quis apostar na criatividade e tentou surpreender o Benfica com algumas novidades. Com João Mário e Pepê no banco, o FC Porto apresentou-se com Martim Fernandes pela direita e com Fábio Vieira na ala direita, sendo que na frente se manteve o futuro internacional espanhol Samu Omorodion.
Aos 20 minutos de jogo gritou-se golo pela primeira vez na Luz, mas o que se seguiria seriam momentos de alguma tensão - e até confusão - na área de Diogo Costa. Tudo porque Akturkoglu foi agarrado à entrada da área e, ao contrário do que seria de esperar, João Pinheiro não deu a lei da vantagem e decidiu interromper a jogada que terminaria…. com um golo de Pavlidis. Assim sendo, e dado que o apito já tinha ecoado, o tento foi invalidado e o livre direto foi assinalado, sendo que este acabou por não dar em nada.
O Benfica, talvez embalado por algumas ocasiões de perigo, ia crescendo no jogo e foi assim que surpreendeu o FC Porto para o primeiro golo validado. Tomás Araújo descobriu Álvaro Carreras na esquerda e o lateral espanhol bailou na cara de Martim Fernandes antes de atirar em arco para a baliza defendida por Diogo Costa. Estava aberto o ativo, ao minuto 30.
A vantagem encarnada durou cerca de 15 minutos, altura em que Samu (sim, o sujeito do costume) apareceu para empatar. O cruzamento à esquerda de Francisco Moura podia ter sido desviado por Otamendi, mas o central argentino atrapalhou-se e deixou escapar a bola para o avançado espanhol (1-1).
Cinco minutos ‘à Benfica’ e um FC Porto desorientado
Apesar do golo da igualdade, o FC Porto não conseguiu descobrir a fórmula de controlar o rumo dos acontecimentos e foi-se perdendo, aos poucos, nas 'artimanhas' criadas pelas águias.
O Benfica, por outro lado, ia-se mostrando cada vez mais organizado e a boa troca de bola resultou em novo golo. Fredrik Aursnes descobriu Di María desmarcado à direita e o argentino, com toda a classe que lhe é reconhecida, tocou leve e certeiro para o 2-1, devolvendo a vantagem à equipa da casa.
E com o FC Porto algo atarantado, os encarnados marcaram mais um. Alexander Bah fez todo o trabalho pelo flanco direito e colocou a bola na área, onde se encontravam Pavlidis e Nehuén Perez. Acabou mesmo por ser o central do FC Porto a desviar para a balizar, auto-golo que dilatou a vantagem dos comandados de Bruno Lage (3-1).
Até ao final, o Benfica ainda voltaria a festejar. Com a bola a ser jogada na área, Alan Varela levantou o pé e acertou em cheio em Otamendi, o que levou João Pinheiro a apontar para a marca dos 11 metros. Chamado a converter, Di María bisou e fixou o 4-1 final na Luz.
O Benfica soma 25 pontos e fica a apenas dois do FC Porto. Quem beneficia com a derrota dos azuis e brancos é o Sporting, que com 33 pontos tem agora uma distância maior para os rivais diretos.
Momento do jogo: O 2-1, apontado por Di María, parece ter provado aos jogadores do Benfica que o jogo já não lhes escaparia. Ainda assim, também há algum demérito do FC Porto pela forma como ‘baixaram os braços’ e nunca se disponibilizaram a inverter a história do jogo.
Onzes iniciais
Benfica: Trubin, Bah, Otamendi, Tomás, Carreras, Florentino, Kokçu, Aursnes, Di María, Akturkoglu e Pavlidis.
FC Porto: Diogo Costa, Martim Fernandes, Tiago Djaló, Nehuen Pérez, Francisco Moura, Alan Varela, Nico, Fábio Vieira, Eustáquio, Galeno e Samu.
Antevisão
Este é um jogo que nenhum amante de futebol vai querer perder. O Benfica recebe, este domingo, o FC Porto, no Estádio da Luz, no primeiro Clássico da época 2024/25, a contar para a 11.ª jornada da I Liga.
Esta será a 181.ª vez que águias e dragões se defrontam, com o histórico a sorrir aos visitantes, que por 72 vezes levaram a melhor. Já o Benfica ganhou 59 desses encontros, enquanto que 49 deles terminaram empatados.
Curioso é que, apesar de ter menos triunfos neste duelo histórico, o Benfica leva, por outro lado, mais golos marcados. Os encarnados já celebraram por 273 vezes, mais seis do que os azuis e brancos.
Este domingo, e apesar de ambas as equipas sonharem com o título no final da época, os objetivos são, para já, um pouco diferentes. O Benfica tenciona encurtar as distâncias para o segundo e primeiro lugares, mas o FC Porto procura, ao mesmo tempo, reduzir a desvantagem de três pontos para o Sporting que, momentos antes, tem uma difícil deslocação a Braga.
Aconteça o que acontecer, certo é que o espetáculo estará garantido e que as emoções estarão à 'flor da pele', como de resto já é habitual.
A bola começa a rolar às 20h45, no Estádio da Luz, e a arbitragem ficará a cargo de João Pinheiro, da AF Braga.
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