Ruben Amorim concedeu, este sábado, uma extensa entrevista à estação televisiva britânica Sky Sports, onde traçou um paralelismo entre aquele que será o primeiro dérbi enquanto treinador do Manchester United, perante o Manchester City, e aqueles que viveu em Portugal.
"É diferente. Em Lisboa, era um caso estranho, porque cresci como adepto do Benfica, e, depois, fui para o Sporting. Nunca imaginas isso, quando és miúdo. É como ter dois amores, agora. Era uma situação estranha. Aqui, só estou a olhar para o Manchester United", afirmou, antes de recordar o duelo com os citizens, em Alvalade.
"Foi um jogo muito específico, com muitas coisas. Acho que o jogo mudou um pouco, na segunda parte. Podemos olhar para a equipa do Manchester City de perto, para perceber os movimentos, a maneira como falam uns com os outros, e isso ajudou-nos a perceber melhor o jogo", referiu.
"Na primeira parte, estiveram muito bem, pressionaram-nos, mas, numa transição, conseguimos chegar ao empate, e, na segunda parte, com duas jogadas em dois minutos, mudámos o jogo. Defendemos muito e marcámos novamente. Foi um jogo diferente, não podemos retirar muita coisa", acrescentou.
A terminar, o treinador português explicou a relação com Hugo Viana, o (ainda) diretor desportivo do Sporting, que rumará ao Manchester City, no final da temporada: "É impossível ser rival fora de campo com o Hugo Viana, porque foi muito importante para a minha vida".
"Foi um dos responsáveis por eu estar aqui, no Manchester United, pela maneira como me apoiou em momentos muito complicados, no Sporting. Será divertido, mas ele sabe que quero vencer. Não vai falar comigo, durante o jogo. Depois e antes, sim. No dia seguinte, seremos amigos como antes", completou.
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