O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, concedeu uma extensa entrevista à edição desta quarta-feira do jornal espanhol Marca, na qual voltou a desvalorizar a polémica envolvendo a participação de Imane Khelif e Lin Yu-ting nos últimos Jogos Olímpicos.
As pugilistas argelina e taiwanesa sagraram-se campeãs, em Paris'2024, nas categorias de -66 kg e -57 kg, respetivamente, na sequência de uma caminhada marcada por dúvidas lançadas contra o facto de competirem na vertente feminina. Dúvidas essas que, assegura o dirigente, não têm fundamento.
"Foi uma pena que muita gente caísse na campanha de difamação iniciada a partir da Rússia, com notícias falsas e que, como disseram os investigadores franceses, só tinham o objetivo de difamar os Jogos Olímpicos, o Comité Olímpico e França", começou por afirmar.
"Comprovámos que houve muitas ações nos meios digitais que procediam da Federação de Boxe, a AIB, com um cidadão russo à frente, que expandiram essas 'fake news', nas quais as pessoas começaram a acreditar.
"Nenhuma federação pode excluir uma mulher da categoria feminina (...). A questão é que elas não são trans. Nasceram e cresceram como mulheres. Não tem nada a ver com transgéneros", rematou, de forma perentória.
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