Ariza Makukula tem nome de craque, mas não se pode dizer propriamente que isso se tenha sentido em campo, apesar das muitas oportunidades para brilhar. Nascido na República Democrática do Congo, o avançado naturalizou-se português depois de vários anos em terras lusas, tendo feito mesmo a sua formação em Setúbal, no Vitória FC, e em Guimarães, no Vitória SC.
No Bonfim passou duas temporadas, antes de se mudar para o D. Afonso Henriques, sempre nas camadas jovens. Pelo meio ainda esteve no Chaves e no Brito SC. Sem ter conseguido chegar à equipa principal dos vimaranenses, Makukula mudou-se para Espanha em 2000, para representar o Leganés, e na época seguinte assinou pelo Salamanca.
Foi neste emblema que o ponta de lança alto e de corpo atlético despontou para o futebol e curiosamente foi também na segunda temporada no Salamanca que realizou aquela que seria a segunda melhor da sua carreira, com 20 golos em 38 jogos.
Makukula passou depois por França, pelo Nantes, mas em 20 jogos só apontou um golo e acabou por regressar, logo na época seguinte, a Espanha, onde representou o Valladolid, o Sevilla e o Nàstic.
Em 2007, o luso-congolês estreou-se em Portugal, pelo Marítimo, e os sete golos em 14 jogos despertaram a atenção do Benfica, que no mercado de inverno desse mesmo ano pagou 3,5 milhões de euros ao Sevilla. Assim, o empréstimo aos madeirenses foi dado como terminado e Makukula apanhou o avião diretamente da ilha para o continente, para jogar na Luz.
Protegido com uma cláusula de rescisão de 40 milhões de euros, o avançado chegava a Lisboa envolto num grande entusiasmo que, ainda assim, nunca passou de apenas isso. A concorrência, essa, também não foi amiga, até porque Makukula tinha como colegas de setor nomes como Óscar Cardozo, Nuno Gomes, Pedro Mantorras e Freddy Adu, sendo que este último já foi, também ele, protagonista da rubrica 'O que é feito de...'.
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Na primeira meia época na Luz, Makukula fez apenas oito jogos e neles só apontou dois golos, números claramente abaixo das expetativas. Assim, e confiante de que o jogador precisava de apenas algum tempo para brilhar, o Benfica emprestou-o na temporada seguinte ao Bolton, mas a Premier League não elevou as exibições.
Em seis jogos, o avançado não apontou qualquer golo e de regresso aos encarnados foi, desde logo, novamente cedido, desta vez ao Kayserispor, da Turquia, naquela que seria a melhor temporada da sua carreira.
Ao cabo de 30 jogos, chegou aos 21 golos e tornou-se claro, pelo menos nessa altura, que este campeonato podia ter sido a oportunidade perfeita para relançar a carreira.
Foi assim, nesta linha de pensamento, que o Manisaspor comprou Makukula ao Benfica, por 2 milhões de euros, poucos meses depois do avançado ter ficado à porta do Mundial'2010, dado que ainda chegou a fazer da pré-convocatória de Carlos Queiroz mas não foi inserido na chamada final para a África do Sul. Ao todo, pela equipa das quinas fez quatro jogos e marcou um golo.
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Em duas épocas pelo Manisaspor, o já ex-Benfica não passou dos cinco golos marcados e ainda chegou a fazer meia época pelo Karsiyaka antes de voltar a Portugal e, também, para o Vitória FC.
A segunda passagem pelo Bonfim - e com a oportunidade de, pela primeira vez, jogar na equipa principal - Makukula não foi além de dois golos em 10 jogos e na época seguinte voltou a sair para o estrangeiro, assinando pelos gregos do OFI. Acabou por pendurar as chuteiras pouco depois, nos tailandeses do Police Tero.
Pai de quatro filhos, Makukula é agora, aos 43 anos, o embaixador do futebol congolês, tendo como função encontrar ligações para o desenvolvimento do futebol deste país.
Todas as semanas o Desporto ao Minuto apresenta-lhe uma nova edição da rubrica 'O que é feito de...?', que pretende recordar o percurso de algumas personalidades do mundo futebolístico que acabaram por cair no esquecimento.
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