Apurado para os quartos de final da prova 'rainha' após eliminar Vieira (2-0), Caldas (2-1), Brito (1-0) e Rebordosa (1-0), o emblema de Santo Tirso, da Série A do quarto escalão, vai disputar o acesso às meias-finais com o Elvas, líder da Série C e 'tomba-gigantes' dos oitavos de final, após se impor ao Vitória de Guimarães (2-1).
"O facto de termos [pelo menos] duas equipas nos quartos de final e uma nas meias-finais mostra que o Campeonato de Portugal tem de ser olhado com muita atenção, porque tem muita qualidade e bons treinadores. Várias equipas do Campeonato de Portugal chegaram longe. A possibilidade de uma delas chegar às 'meias' reflete a qualidade do trabalho desenvolvido", vincou o dirigente, em declarações à Lusa.
Embora uma partida com o Vitória, em Guimarães, acarrete teoricamente "um grau maior de dificuldade" do que um embate com a formação alentejana, o responsável vincou que o Tirsense tem de "entrar em campo com humildade e vontade de ganhar" em Elvas, num jogo relativo a uma eliminatória agendada entre 06 e 08 de fevereiro, se quiser chegar às meias-finais.
"O Elvas provou, em campo, que é capaz de ganhar ao Vitória. (...) Se chegou até esta fase da Taça de Portugal, já demonstrou que é capaz de ultrapassar qualquer equipa. Será certamente um adversário difícil de ultrapassar", reconheceu.
O reencontro com o Elvas, conjunto que eliminou os 'leões' de Santo Tirso na época transata, na terceira eliminatória (4-2 nas grandes penalidades, após o 1-1 no final do prolongamento), é o 'obstáculo' que separa os nortenhos de igualarem a melhor prestação na Taça de Portugal, que data de 1970/71, quando perderam os dois jogos com o Benfica para as meias-finais (3-1 em casa e 5-1 fora).
Dirigente desde 2021, João Magalhães vinca que o Tirsense encara todas as edições da prova com "uma expetativa muito grande de chegar o mais longe possível", até para "coroar" o acompanhamento dos adeptos, ansiosos por verem um clube com oito participações na divisão maior viver "grandes momentos" em "grandes palcos".
Com a equipa treinada por Luís Norton de Matos na 10.ª posição da Série A do CP, em lugar de despromoção, o dirigente vincou que o plantel encara as duas competições com a mesma exigência e a mesma vontade de vencer, mas com "um espírito diferente", porque "todos os jogos são finais".
"A vontade de ultrapassar as eliminatórias é muito grande. Espero que este sentimento retirado da Taça, de chegar longe, possa ser uma alavanca para o resto do campeonato, para atingirmos uma estabilidade que nos leve a ganhar o maior número de jogos. Queremos que o espírito da Taça seja transportado para o campeonato", assumiu à Lusa.
A Taça de Portugal vai ter um representante inédito do quarto escalão nas meias-finais, depois de Lusitânia de Lourosa (1993/94), Leixões (2001/02) e Caldas (2017/18) terem representado o terceiro escalão e de Marítimo (1955/56 e 1967/68) e Lusitânia dos Açores (1963/64) terem sido semifinalistas quando disputavam os campeonatos regionais da Madeira e dos Açores, respetivamente.
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