"Era um lutador, fez tudo em nome do clube, por vezes com sacrifício da sua vida e da sua própria pessoa. Mas, conseguiu para o Porto, para o país e para o norte, aquilo que era o que mais desejava, as vitórias do seu clube do coração", disse Lourenço Pinto em declarações à agência Lusa.
O advogado definiu o amigo "como um homem bom" e que todos perderam um amigo, não só os amigos verdadeiros.
"Todos perdemos um amigo, não só os amigos dele, verdadeiros, mas todos o que pertencem ao clube e não só. Todos temos que o ver como um amigo, um homem lutador, polémico, mas que toda a gente gostava de ver, quer com concordância ou discordância", disse.
Lourenço Pinto considerou que Pinto da Costa "marcava sempre", pela sua "capacidade, dialética, força e saber".
"Deixou uma marca indelével e um legado ao FC Porto, de enorme dimensão", acrescentou, lembrando quanto era estimado por qualquer presidente em Milão, Madrid ou Roma: "Os presidentes dos clubes respeitavam-no".
Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu hoje aos 87 anos, vítima de cancro.
Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e agravou o seu estado de saúde nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.
Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.
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