Na primeira temporada pelo FC Porto, Samu Aghehowa tomou por assalto o futebol português e europeu, com 20 golos apontados, o que lhe valeu, em novembro, a primeira internacionalização por Espanha, atual campeã europeia.
A ascensão meteórica reflete-se também no valor de mercado, estando o jovem avançado, de 20 anos, avaliado em 68,6 milhões de euros, sendo o jogador que mais 'disparou' em termos de valor de mercado, nos seis últimos meses, fora dos principais campeonatos europeus, de acordo com o Observatório do Futebol.
De rejeitado pelo Sevilha à 'explosão' em Granada
Filho de pais nigerianos, Samu foi criado em Sevilha, tendo sido rejeitado pelo clube mais mediático da cidade durante a infância. Começou a dar nas vistas nas camadas jovens do Nervión, antes de se mudar para o Granada, onde representou a equipa B, tendo apontado 18 golos em 33 jogos em 2022/23.
Na época seguinte, subiu à equipa principal e, rapidamente, deixou a sua marca, ao apontar um golo na estreia na La Liga. Apesar da derrota (1-3) frente ao Atlético de Madrid, os responsáveis do emblema da capital espanhola ficaram agradados com as características de Samu e optaram pela compra do passe do atleta a troco de seis milhões de euros.
Sem espaço na equipa principal do Atlético de Madrid, Samu, então com 19 anos, foi cedido ao Alavés. Em 2023/24, não fez má figura, tendo registado oito golos e ainda uma assistência pelo conjunto basco, que terminou na 10.ª posição da La Liga. No final da época, foi chamado à seleção olímpica de Espanha, contribuindo com um golo em quatro jogos para a medalha de ouro, em Paris.
Relação pouco amigável com Diego Simeone
Quando tudo fazia crer um regresso em grande ao Atlético, Samu e o técnico Diego Simeone entraram em conflito, com acusações de ambas as partes. O avançado frisou que ficou a treinar à margem do plantel, "magoado" com a falta de confiança e de oportunidades, ao passo que o treinador dos colchoneros culpou o jogador, deixando claro que Samu escreveu uma mensagem a dizer que não queria estar no Atlético.
Com a chegada de Julian Alvarez e Sorloth ao Atlético de Madrid, Samu foi forçado a sair sem sequer ter vestido a camisola dos colchoneros. Chegou a ser dado como fechado como reforço do Chelsea, num negócio a rondar os 40 milhões, mas a operação caiu por divergências contratuais.
Já fez história na primeira época de dragão ao peito
No dia 24 de agosto do ano passado, o FC Porto anunciou a contratação de Samu a troco de 15 milhões de euros, numa 'operação relâmpago', que apanhou de surpresa a grande maioria dos meios de comunicação de surpresa, inclusive Fabrizio Romano, especialista no mercado de transferências.
Alto, rápido e fisicamente imponente, o atacante promete ser um nome marcante na história do FC Porto. Nesta temporada, o número 9 entrou na restrita galeria de jogadores que conseguiram, na sua primeira época de dragão ao peito, apontar 20 ou mais golos, como são os casos de Kodrnja, Correia Dias, Araújo, Jaburú, Azumir, Djalma, Flávio, Duda, Jacques, Jardel, Pena, Derlei, Falcao, Jackson Martínez e Taremi.
Pólvora seca com Anselmi não assusta tubarões
Com a chegada de Martín Anselmi ao comando técnico, Samu marcou apenas dois golos nos últimos oito jogos. A inclusão do novo modelo tático 3x4x3 não parece ser o mais adequado ao ponta de lança, que continua, ainda assim, a reunir vários interessados, sobretudo na Premier League.
Recorde-se que o FC Porto tem apenas 50 por cento do passe do jogador. Os dragões terão ainda duas opções de compra não obrigatórias de direitos económicos adicionais de 15% pelo valor de cinco milhões de euros cada, a exercer até julho 2025 e julho 2026, pelo que o clube poderá vir a deter 80% dos direitos económicos do jogador, por um valor fixo vinte e cinco milhões de euros.
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