Acabou o sonho da Liga dos Campeões para o Benfica. A tarefa já se avizinhava complicada e a segunda mão dos 'oitavos', esta terça-feira, foi prova disso mesmo, com mais um triunfo do Barcelona (3-1, agregado de 4-1), para o qual muito contribuiu mais um 'show' de Raphinha a ditar a eliminação da equipa portuguesa - ele que já havia marcado aos encarnados nos dois jogos anteriores na Luz.
Numa primeira parte de emoções fortes, o ex-Sporting e Vitória SC aproveitou um passe açucarado de Lamine Yamal para abrir o ativo logo aos 11 minutos, algo que já obrigava a equipa de Bruno Lage a responder com... três golos.
É certo que Nicolás Otamendi até reagiu no imediato (13'), com um cabeceamento após cruzamento de Andreas Schjelderup, porém, uma nova combinação entre os dois extremos dos catalães ditaria, desta vez, um golaço apontado pelo jovem espanhol a recolocar a sua equipa na frente do marcador, aos 27 minutos.
Ainda antes do intervalo, Raphinha mostrou que não quis ficar só por um golo e chegou ao bis aos 42 minutos, com um sentenciador 3-1 que 'atormentou' uma vez mais o Benfica (já depois dos golos apontados nos triunfospor 4-5 e 0-1 na Luz), cuja missão de recuperar de uma desvantagem de três golos na eliminatória já parecia miragem.
E assim foi. A segunda parte em Montjuic não trouxe mudanças no marcador e Portugal perdeu mesmo mais uma equipa nas provas da UEFA, restando agora o Vitória SC, ainda a lutar por um lugar na Liga Conferência Europa, diante do Real Betis.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Não há como não apontar o nome de Raphinha. O avançado brasileiro fez o que já tinha feito nos jogos da Luz e 'faturou' em dose dupla, sentenciando a eliminatória ainda antes do intervalo, sem esquecer, claro, a assistência para o golo de Lamine Yamal. O ex-Sporting e Vitória SC voltou, assim, a ser um 'pesadelo' para os benfiquistas, posicionando-se, cada vez mais, como um dos melhores jogadores do mundo.
Surpresa
Pedri González já não é surpresa para ninguém, mas terá surpreendido pelo facto de ter conquistado o prémio de melhor em campo, entregue pela UEFA, nas duas mãos da eliminatória. Inabalável no miolo culé, o médio de 22 anos ganhou grande parte dos duelos e colocou praticamente sempre a bola onde quis, tendo baralhado, por várias vezes, os jogadores do Benfica.
Desilusão
Onde andou Orkun Kokçu? O internacional turco já habitou os adeptos do Benfica a grandes exibições, porém, esta partida esteve longe de servir de exemplo, uma vez que foi muito bem anulado pela equipa catalã, ao ponto de ter acabado o jogo sem qualquer remate. Para além disso, o médio perdeu a bola por várias ocasiões e acabou por ser substituído por Bruno Lage a 20 minutos do apito final.
Treinadores
Hansi Flick manteve a mesma estratégia utilizada na Luz e apenas trocou o suspenso Pau Cubarsí por Ronald Araújo, sendo que foi no bom arranque que esteve a virtude. Os catalães marcaram cedo e, apesar de terem sofrido no imediato, souberam manter a calma para chegar a mais dois golos na primeira parte, seguindo-se depois um segundo tempo de gestão, até mesmo na hora de cada substituição.
Bruno Lage não fez muito diferente do seu rival e, para além da substituição forçada entre Álvaro Carreras (castigado) e Samuel Dahl, apostou ainda em Florentino no lugar de Leandro Barreiro, porém, a sua equipa foi penalizada pelo início de jogo algo atribulado e, sobretudo, pela falta de capacidade de resposta às adversidades. As substituições após o intervalo pouco ou nada acrescentaram ao desejo de remontada.
Árbitro
François Letexier teve uma arbitragem segura, sem casos polémicos, sendo coerente na hora de apitar as faltas e de ir ao bolso para exibir os cartões amarelos - algo que só mostrou a António Silva.
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